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Novidade no tratamento da diabetes: cientistas criam insulina em pílula

A insulina ingerida por via oral imitaria mais de perto a maneira como o pâncreas de um indivíduo sadio produz insulina até o fígado - iStock
A insulina ingerida por via oral imitaria mais de perto a maneira como o pâncreas de um indivíduo sadio produz insulina até o fígado Imagem: iStock

Do VivaBem, em São Paulo

30/06/2018 09h49

Quem sofre de diabetes do tipo 1 sabe da importância de aplicar insulina para controlar o nível de açúcar no sangue. E se a ingestão fosse feita por meio de pílulas? A ideia parece estranha, mas pesquisadores da Universidade de Havard (EUA) desenvolveram um método de administração oral que pode transformar dramaticamente a maneira como os diabéticos mantêm os níveis de açúcar no sangue sob controle.

O fornecimento oral de insulina não apenas promete melhorar a qualidade de vida desses pacientes, como também aliviar muitos dos efeitos colaterais que ameaçam a vida e que resultam da falta de injeções necessárias.

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A chave para a nova abordagem é transportar insulina em um líquido iônico composto de colina e ácido gerânico, que é colocado dentro de uma cápsula com um revestimento entérico resistente ao ácido.

A formulação é biocompatível, fácil de fabricar e pode ser armazenada por até dois meses em temperatura ambiente sem degradação, validade maior do que a de alguns produtos de insulina injetáveis atualmente no mercado.

"Uma vez ingerida, a insulina precisa passar por uma difícil pista de obstáculos antes que possa ser efetivamente absorvida pela corrente sanguínea", disse Samir Mitragotri, um dos autores do estudo. "Nossa abordagem é como um canivete suíço, onde uma pílula tem ferramentas para lidar com cada um dos obstáculos encontrados.?

A versão por via oral imitaria mais de perto a maneira como o pâncreas de um indivíduo sadio funciona. Também pode atenuar os efeitos adversos de tomar injeções por um longo período de tempo. O próximo passo, de acordo com os cientistas, é realizar mais testes em animais —e depois em humanos— para verificar a eficácia da pílula.

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