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Hormônio "do amor" também afeta comportamento em grupo

Ocitocina ajuda a fortalecer as redes sociais - iStock
Ocitocina ajuda a fortalecer as redes sociais Imagem: iStock

Do VivaBem

08/07/2018 12h12

A ocitocina, também chamada de hormônio “do amor", ajuda a regular as interações sociais e sexuais. Mas cientistas descobriram que ela também pode influenciar se cooperamos com outros em um ambiente de equipe ou se preferimos agir sozinhos.

Os pesquisadores da Universidade de Neuchâtel, na Suíça, montaram um experimento de caça aos ovos, que lhes permitiria observar quando os participantes decidiram cooperar ou trabalhar sozinhos, e que tipos de conversas eles mantinham uns com os outros em circunstâncias de cooperação. Para avaliar como a ocitocina afeta o comportamento cooperativo de uma pessoa, os pesquisadores mediram os níveis naturais do hormônio em amostras da saliva de cada voluntário.

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No jogo, os participantes deveriam caçar ovos contendo parafusos de cor vermelha e azul. Primeiro, os jogadores trabalharam em duplas e depois foram aleatoriamente divididos em dois grupos, "maçã" ou "laranja", o que significava que os membros de alguns pares acabaram no mesmo grupo, enquanto outros pertenceram a grupos diferentes.

Os cientistas descobriram que as pessoas com níveis mais altos de ocitocina eram mais propensas a colaborar espontaneamente, mas apenas entre pessoas que já haviam trabalhado juntas antes. "Os altos níveis de ocitocina não afetam duas pessoas afiliadas a grupos diferentes", explica Jennifer McClung, uma das autoras. "Mesmo com alto nível de ocitocina, pessoas de diferentes grupos caçam sozinhas, ao invés de compartilhar os objetivos e ajudar uns aos outros", acrescenta ela.

Mas quando chegou a hora de conversar entre os parceiros, os pesquisadores perceberam que os jogadores com altos níveis de ocitocina e que já haviam trabalho juntos falavam menos sobre os objetivos individuais. Nesses casos, a discussão girava mais em torno do objetivo do outro, mas sem oferecer ajuda ou se juntar a essa busca. Quanto àqueles que pertenciam a diferentes grupos, mesmo que tivessem níveis mais altos de ocitocina, eles ainda discutiam mais objetivos individuais.

De acordo com os autores do estudo, esses resultados podem sugerir que a ocitocina ajuda a fortalecer as redes sociais de modo a apoiar um comportamento socialmente apropriado.

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