Posso engravidar ao fazer sexo menstruada? E menstruar durante a gestação?
Apesar de serem duas coisas improváveis de acontecer, muitas vezes ouvimos casos de mulheres que dizem ter engravidado ao fazer sexo menstruadas. Ou que continuaram menstruando nos primeiros meses da gravidez —e por isso demoraram para descobrir que estavam esperando um bebê.
Mas, se essas situações são raras, o que será que ocorre no corpo da mulher para gerar a confusão? Nós explicamos a seguir.
O que é a menstruação?
Todo mês a mulher ovula e seu organismo se prepara para receber o espermatozoide e ter um filho. O endométrio, mucosa que recobre o útero, fica pronto para a fecundação. Se isso não ocorre, ele "morre" e descama. Essa descamação é eliminada em formato de sangue —a menstruação, que pode durar de três a sete dias.
Dá para engravidar transando menstruada?
Engravidar nesse período é praticamente impossível. O endométrio está descamando e não há uma condição favorável para a gestação.
Então, por que algumas mulheres dizem que tiveram um filho após transar menstruadas? Acontece que durante o período fértil é possível haver um escape, pequeno sangramento que às vezes ocorre devido a alterações hormonais. E isso é confundido com a menstruação.
Menstruar na gravidez é possível?
Ao engravidar, a mulher deixa de ovular e, portanto, não tem como menstruar. Mas isso não quer dizer que ela não pode ter sangramentos —que em alguns casos são confundidos com o período.
Sangramentos durante a gestação nem sempre indicam problemas. O sangramento de implantação, por exemplo, pode surgir quando o embrião se "instala" no endométrio. Exames ginecológicos e relações sexuais também podem provocar uma eliminação pequena de sangue. Isso ocorre pois a vagina e o colo do útero tendem a ficar mais sensíveis, além de receberem maior aporte sanguíneo na gravidez.
Mas o sangramento também pode ser sintoma de algo mais sério, como uma gravidez ectópica —que ocorre fora da cavidade uterina. Portanto, ao notar qualquer sangramento, é importante a gestante procurar seu médico para identificar sua causa.
Fontes: Bruno Dourado, ginecologista e obstetra e Alessandro Scapinelli, ginecologista.
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