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Não larga o cigarro? Fumar aumenta risco de arritmia cardíaca

Um fumante ao longo da vida tem 50% de probabilidade de morrer por causa do cigarro  - Getty Images/iStockphoto
Um fumante ao longo da vida tem 50% de probabilidade de morrer por causa do cigarro Imagem: Getty Images/iStockphoto

Do VivaBem, em São Paulo

15/07/2018 15h07

Além de doenças pulmonares, o cigarro pode prejudicar o o ritmo do seu coração. A afirmação foi feita por pesquisadores da Imperial College London, no Reino Unido, e pela Bjørknes University College em Oslo, na Noruega.

O estudo encontrou um aumento de 14% no risco de fibrilação atrial para cada dez cigarros fumados por dia. Em comparação com pessoas que nunca fumaram, tabagistas ativos tiveram um aumento de 32% no risco de arritimia, que é quando o coração bate de maneira irregular. "Se você fuma, pare de fumar e se não fumar, não comece", disse Dagfinn Aune, um dos autores da pesquisa. 

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Fumar é um distúrbio vicioso letal. Um fumante ao longo da vida tem 50% de probabilidade de morrer por causa do cigarro e, em média, perderá dez anos de vida.  A taxa de tabagismo está em declínio na Europa, mas ainda é muito comum e está aumentando em mulheres, adolescentes e pessoas de baixa renda. No Brasil, o país ocupa o oitavo lugar no ranking de número absoluto de fumantes no mundo.

Coração batendo fora do ritmo e tabaco

Um em cada quatro adultos de meia-idade na Europa e nos EUA desenvolverá fibrilação atrial. Estima-se que até 2030 haverá 14 a 17 milhões de pacientes com fibrilação atrial na União Européia, com 120 mil  a 215mil novos diagnósticos a cada ano.

Os autores investigaram essa questão realizando uma meta-análise de 29 estudos prospectivos da Europa, América do Norte, Austrália e Japão, com um total de 39.282 casos incidentes de fibrilação atrial entre 677.785 participantes.

Cada dez “maços-ano” de tabagismo foi associado a um aumento de 16% no risco de desenvolver fibrilação atrial. Os anos-maço são calculados pela multiplicação do número de maços de cigarros fumados por dia pelo número de anos que a pessoa fumou.

"Nossos resultados fornecem mais evidências dos benefícios para a saúde de parar de fumar e, melhor ainda, nunca começar a fumar em primeiro lugar. Isso é importante do ponto de vista da saúde pública para prevenir a fibrilação atrial e muitas outras doenças crônicas”, conclui Aune.