Ao escolher frios, prefira os com pouca gordura e embalados a vácuo

Os nutricionistas costumam torcer o nariz para esse tipo de alimento. Com razão, já que os frios são ricos em gordura, sódio e aditivos químicos, substâncias que já foram associadas a problemas como hipertensão, doenças cardíacas, inflamações e até mesmo câncer.

Mas não é preciso condenar o presunto ou o peito de peru ao ostracismo. Em quantidades reduzidas, esses itens podem fazer parte do cardápio. O ideal é ingeri-los apenas uma vez por semana. E tomar alguns cuidados na hora da compra também é bem-vindo para escolher o produto mais saudável.

Se o consumo não for imediato, prefira as versões embaladas pelo fabricante
As empresas seguem rigorosas normas no processo para garantir que seus produtos mantenham a qualidade durante todo o prazo de validade. Quando os frios são fatiados na hora, tendem a se deteriorar mais rapidamente, já que entram em contato com o ambiente e são expostos à variação de temperatura das gôndolas e ao manuseio dos funcionários do estabelecimento. Além disso, não há uma fórmula para estipular o prazo de validade do produto fatiado no momento da compra.

Fique de olhos bem abertos em relação à higiene do local
Essa recomendação é válida em todos os momentos, mas quando o alimento é manipulado, o cuidado deve ser redobrado. É importante checar se o produto é estocado em local refrigerado e se o estabelecimento é bastante movimentado, o que faz com que os frios sejam repostos com mais frequência. Assim, a chance de comprar algo que está envelhecido é menor.

Verifique a aparência do alimento
Independentemente do tipo de embalagem dos frios que for levar para casa, é importante checar se ele mantém sua cor natural, sem estar pálido, esbranquiçado ou escurecido. A coloração do alimento é um indicador de frescor. As fatias também não devem estar com aparência melosa, caraterística que pode ser provocada por um defeito no processamento ou pelo crescimento de micro-organismos prejudiciais.

Além das versões tradicionais, no caso do presunto há o tipo magro (sem capa de gordura) e no do peito de peru o light.

O magro e o light são melhores
Isso porque, eles costumam conter menos gordura na sua composição, favorecendo a saúde do coração e pesando menos na balança. No entanto, isso não é razão para você exagerar nas porções ou consumir o produto diariamente.

Confira a tabela nutricional
A versão light de um produto apresenta o teor reduzido em pelo menos 25% de algum nutriente, mas nem sempre isso garante redução de calorias. O alimento pode ter menos sódio, por exemplo. Por essa razão, é importantíssimo checar a tabela nutricional, prestando sempre atenção na quantidade de gorduras --em especial as saturadas -- e no sódio, nutrientes que em excesso podem prejudicar a saúde.

Quando for embalado no estabelecimento, olhe o rótulo do alimento original
Só assim será possível conferir qual é a marca do produto e suas características, já que elas não costumam vir afixadas nas porções fracionadas no ponto de venda, ou contém uma tabela nutricional que pode ser "genérica".

Não se esqueça de conferir o prazo de validade
Essa dica vale para todos os alimentos, mas os frios merecem atenção redobrada, pois são altamente perecíveis.

INFORMAÇÃO NUTRICIONAL

Presunto cozido

- Porção de 40 gramas (2 e ½ fatias)
- Valor energético: 61 calorias
- Proteína: 6,8 gramas
- Gorduras totais: 3,8 gramas
- Gorduras saturadas: 1,3 gramas
- Sódio: 333 miligramas

Presunto magro (sem capa de gordura)

- Porção de 40 gramas (3 fatias)
- Valor energético: 34 calorias
- Proteína: 6,8 gramas
- Gorduras totais: 0,8 gramas
- Gorduras saturadas: 0,3 gramas
- Sódio: 290 miligramas

Peito de peru

- Porção de 40 gramas (3 e ½ fatias)
- Valor energético: 73,5 calorias
- Proteína: 13,5 gramas
- Gorduras totais: 1,2 gramas
- Gorduras saturadas: 0,3 gramas
- Sódio: 468 miligramas

Peito de peru light

- Porção de 40 gramas (3 e ½ fatias)
- Valor energético: 44 calorias
- Proteína: 8,5 gramas
- Gorduras totais: 0,7 gramas
- Gorduras saturadas: 0,13 gramas
- Sódio: 468 miligramas

Fonte: Marise A. Rodrigues Pollonio, professora de tecnologia dos alimentos na Escola de Engenharia de Alimentos da Unicamp

VIVABEM NAS REDES SOCIAIS
Facebook • Instagram • YouTube