Suplemento de ômega 3 não protege de ataque cardíaco ou derrame, diz estudo
A crença de que tomar cápsulas de ômega 3 ajudará a protegê-lo de um ataque cardíaco, acidente vascular cerebral ou morte prematura é errada, de acordo com uma revisão de dezenas de ensaios conduzidos sobre essa gordura, publicada no periódico Cochrane nesta quarta (18).
Os pesquisadores examinaram 79 estudos, dos quais 25 foram considerados altamente confiáveis. As pesquisas recrutaram mais de 112.000 homens e mulheres, alguns saudáveis ??e outros com doenças existentes, da América do Norte, Europa, Austrália e Ásia. Alguns dos que participaram foram convidados a comer sua dieta habitual, enquanto o restante a suplementou com ômega 3 por pelo menos um ano.
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Na maioria dos ensaios, as pessoas tomaram cápsulas de ômega 3, mas algumas tentativas analisaram os efeitos da ingestão de peixes extra oleosos ou pediram às pessoas para consumirem mais nozes.
Após analisarem os resultados dos estudos, os cientistas perceberam que suplementos de ômega 3 não fizeram diferença para o risco de morte ou ataques cardíacos ou derrames. Comer mais nozes suplementadas também gerou um pequeno benefício, mas a redução nos eventos cardiovasculares foi muito pequena.
Peixes são mais benéficos
Pequenas quantidades de ômega 3 são essenciais para a nossa saúde. Eles são encontrados em certos alimentos, como peixes oleosos (salmão e óleo de fígado de bacalhau), nozes e sementes. Mas a revisão mostrou que não há evidências que suplementos dessa substância fazem bem à saúde.
Os pesquisadores iniciaram a revisão a pedido da Organização Mundial de Saúde, que está atualizando suas orientações sobre as gorduras poli-insaturadas. A crença de que os suplementos de ômega 3 poderiam proteger contra as doenças cardiovasculares veio de alguns resultados positivos de testes realizados no final dos anos 80 e início dos 90, segundo a principal autora do estudo, Lee Hooper, da Universidade de East Anglia, no Reino Unido. "Mas nenhum dos testes desde então mostrou esses resultados."
Lee disse que não há provas suficientes para mostrar se a ingestão de peixes mais oleosos é ou não benéfica —embora ela suspeite que provavelmente seja. Os peixes contêm quantidades altas de iodo, selênio, cálcio e vitamina D, menos comuns em outros alimentos. Por isso, o ideal é fugir das cápsulas e focar nas versões naturais, ou seja, nos peixes em si.
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