Menopausa pode reduzir a proteção que o "bom" colesterol traz ao coração
Mudanças que ocorrem no organismo da mulher após a menopausa podem diminuir a ação do HDL --o chamado colesterol bom, de acordo com um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos.
Os resultados, publicados nesta quinta-feira (19) na revista da American Heart Association (AHA), indicam que este tipo específico de colesterol no sangue pode não diminuir o risco de doença cardiovascular em mulheres mais velhas.
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"Os resultados de nossos estudos são particularmente interessantes tanto para o público quanto para os médicos, pois o nível de colesterol total e HDL ainda é usado para prever o risco de doença cardiovascular", disse o principal autor Samar R. El Khoudary.
A equipe analisou 1138 mulheres com idade entre 45 e 84 anos, matriculadas no Multi-Ethnic Study of Atherosclerosis (MESA), um estudo de pesquisa médica patrocinado pelo Instituto Nacional do Coração, Pulmão e Sangue dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA.
Os autores levantaram a hipótese de que a diminuição do estrogênio, um hormônio sexual cardioprotetor, juntamente com outras alterações metabólicas podem desencadear inflamação crônica ao longo do tempo, o que tende a alterar a qualidade das partículas de HDL.
Além disso, as mulheres estão sujeitas a uma variedade de alterações fisiológicas em seus hormônios sexuais, lipídios, deposição de gordura corporal e saúde vascular à medida que passam pela menopausa.
Os cientistas observaram o número e o tamanho das partículas de HDL, além do colesterol total (LDL e HDL) transportados pelas partículas de HDL --o que impede que o colesterol se acumule nos vasos sanguíneos e aumente o risco de problemas cardíacos. O estudo também analisou como a idade em que as mulheres entraram na menopausa e a quantidade de tempo desde a transição podem impactar nos benefícios cardioprotetoras esperados do HDL.
O estudo concluiu que, próximo da menopausa, a "qualidade" do HDL tende a piorar --suas partículas tendem a ser maiores --e isso está associado a um aumento no risco de doenças cardíacas. Mas ao longo do tempo as características do HDL mudam e o efeito protetor retorna. Por outro lado, ter um número ele
O trabalho também mostrou que um elevado número de pequenas partículas de HDL foi considerado benéfico para mulheres na pós-menopausa. Esses achados persistem independentemente da idade e de quanto tempo se passou desde que as mulheres se tornaram pós-menopausadas.
"Identificar o método apropriado para medir o HDL 'bom' ativo é fundamental para entender a verdadeira saúde cardiovascular dessas mulheres.”
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