Cereja melhora funcionamento do intestino
Além de gostosa e nutritiva, a cereja ainda melhora a saúde intestinal. A constatação foi publicada no periódico Journal of Nutritional Biochemistry. Ao analisar um ensaio humano de nove adultos, a equipe descobriu que a fruta impacta positivamente o microbioma do intestino, ou seja, as bactérias que habitam o órgão e ajudam na digestão e saúde do organismo.
O microbioma tem sido o foco de vários estudos nos últimos anos devido ao seu potencial na manutenção da saúde digestiva, bem como seu impacto na imunidade, saúde do coração, controle de açúcar no sangue, controle de peso e até mesmo na saúde do cérebro.
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Como o estudo foi feito
Durante o trabalho científico, os autores recrutaram nove adultos saudáveis, de 23 a 30 anos, e pediram que eles bebessem cerca de 230 ml de suco de cereja concentrado durante cinco dias. Usando amostras de fezes, o microbioma dos participantes foi analisado antes e após a intervenção dietética. Além disso, questionários de frequência alimentar foram usados para avaliar sua dieta geral.
Os experimentos de laboratório foram criados para imitar as condições dentro do sistema digestivo humano, especificamente o estômago, intestino delgado e três regiões do cólon, para estudar como os polifenóis (substâncias químicas que agem como antioxidantes e que ajudam a a dar mais energia no corpo) são quebrados e absorvidos.
Este processo de decomposição e absorção pode ter um impacto significativo na capacidade do corpo de usar os compostos bioativos benéficos em alimentos à base de plantas.
Os pesquisadores testaram cerejas in natura cultivadas nos EUA, torta de cerejas europeias, cerejas doces, damascos e polifenóis isolados em cada região simulada do trato digestivo. Eles analisaram as mudanças no mix de bactérias e como essas bactérias ajudaram a digerir os polifenóis ao longo do tempo.
No ensaio em humanos, o microbioma foi positivamente alterado (principalmente medido pelo aumento de bactérias boas) após apenas cinco dias de ingestão de concentrado de cereja, embora houvesse respostas surpreendentemente diferentes devido à composição inicial do microbioma dos participantes.
Os indivíduos que ingeriram uma dieta mais ocidental (pobre em frutas, vegetais e fibras) tiveram potencialmente uma menor capacidade de metabolizar os polifenóis, reduzindo assim a biodisponibilidade e quaisquer potenciais benefícios para a saúde nas cerejas ácidas.
Embora mais pesquisas sejam necessárias, esses resultados sugerem que os indivíduos que consomem uma dieta mais baseada em vegetais podem ter uma mistura de bactérias intestinais que respondem de forma mais positiva e / ou rápida ao consumo de cereja.
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