Usar antidepressivos por um longo período aumenta risco de ganho de peso
As descobertas de um estudo recente indicam uma associação entre o uso prolongado de antidepressivos e o aumento do risco de ganho de peso. As evidências foram publicadas no periódico BMJ.
Os pesquisadores examinaram os registros de saúde de 294.719 pessoas com 20 anos ou mais e tiveram três ou mais medidas diferentes de IMC registradas. Os dados desses participantes foram monitorados de 2004 a 2014, a fim de rastrear seu uso de antidepressivos e ganho de peso ao longo do tempo.
Veja também:
- Depressão acelera envelhecimento cerebral em adultos
- Você dorme mal? Acordar muito à noite aumenta risco de fibrilação atrial
- Você pula da cama de manhã? Acordar cedo diminui risco de depressão
As informações também permitiram que os pesquisadores se ajustassem a fatores que poderiam afetar o ganho de peso, como idade, diabetes, tabagismo, prescrições, diagnósticos de câncer, etc."Os pacientes que tinham peso normal tinham maior probabilidade de passar para o excesso de peso, e pacientes com excesso de peso tinham maior probabilidade de passar à obesidade se fossem tratados com antidepressivos", explicou o autor do estudo, Rafael Gafoor, do King's College, em Londres.
O estudo descobriu que as pessoas que tomavam antidepressivos tinham 21% mais chance de engordar do que o grupo de controle que não recebia antidepressivos prescritos. Um antidepressivo chamado mirtazapina foi associado ao maior ganho de peso.
A mirtazapina é prescrita a pessoas que são incapazes de tomar outros antidepressivos mais amplamente utilizados, já que o ganho de peso é conhecido por ser um efeito colateral comum dessa droga.
Embora o estudo apresente avanços na relação dos antidepressivos e ganho de peso, ainda há limitações. A pesquisa usou dados de prescrições para antidepressivos, que não podem nos dizer se as pessoas que receberam as prescrições realmente tomaram os remédios ou não.
Além disso, também pode ser que algumas pessoas começaram a comer mais porque não estavam mais se sentindo deprimidas, como resultado direto do tratamento.
Siga o VivaBem nas redes sociais
Facebook • Instagram • Youtube
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.