Fibromialgia: novo tratamento reduz dor de pacientes
Um novo equipamento, que permite a emissão conjugada de laser de baixa intensidade e ultrassom terapêutico, tem reduzido consideravelmente a dor de pacientes com fibromialgia.
Em vez de ser feita nos pontos de dor, a aplicação é realizada nas palmas das mãos, e está apresentando maior ação analgésica e anti-inflamatória. Como consequência da redução do mal-estar, os pacientes tiveram também melhora no sono, na capacidade de executar tarefas cotidianas e na qualidade de vida como um todo.
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No artigo publicado no Journal of Novel Physiotherapies, pesquisadores do CEPOF (Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica) --um CEPID (Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão) apoiado pela FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) -- descrevem a aplicação concomitante de laser e ultrassom por três minutos na palma da mão de pacientes diagnosticados com fibromialgia, em um tratamento total de 10 sessões, duas vezes por semana.
No estudo, orientado por Vanderlei Salvador Bagnato, professor titular e diretor do IFSC-USP (Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo), 48 mulheres de 40 a 65 anos diagnosticadas com fibromialgia foram divididas em seis grupos de oito na Unidade de Pesquisa Clínica, parceria do IFSC com a Santa Casa de Misericórdia de São Carlos.
Três grupos receberam emissões de laser, ultrassom ou a conjugação de ultrassom e laser na região do músculo trapézio. Os outros três grupos tiveram como foco do tratamento as palmas das mãos.
Os resultados mostraram que o tratamento realizado nas mãos foi mais eficiente para os três tipos de técnicas, sendo que o tratamento com a combinação de laser e ultrassom ofereceu melhoras significativas aos pacientes.
“Os resultados da aplicação de ultrassom e laser conjugados nos pontos de dor, como o músculo trapézio, foram extremamente positivos, mas eles não conseguiam atingir as outras principais inervações afetadas pela doença. Já o tratamento na palma das mãos teve um resultado global, restabelecendo a qualidade de vida dos pacientes e, claro, eliminando a dor”, disse Juliana da Silva Amaral Bruno, fisioterapeuta e primeira autora do estudo.
De acordo com o estudo, a normalização de fluxo sanguíneo tanto periférico como cerebral a partir das áreas sensíveis das mãos promove, ao longo das sessões, a normalização do limiar de dor do paciente.
“É importante lembrar que isso não é uma cura, mas uma forma de tratamento em que não é necessário fazer uso de medicamentos”, disse Antônio Eduardo de Aquino Junior, pesquisador do IFSC-USP, um dos autores do artigo à Agência FAPESP.
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