Exame genético simples pode detectar risco de infarto e mais 4 doenças
Este é o primeiro exame que identifica o risco de doenças poligênicas (ou seja, que são ativadas por mais de um gene) de forma equivalente a doenças monogênicas
Dizem que tudo está escrito no nosso DNA, até o nosso risco de desenvolver ou não uma doença. O problema é conseguir ler todas essas informações no código genético.
Uma série de testes e marcadores têm sido descobertos para conseguir fazer essas leituras, e um novo estudo, publicado na revista científica Nature Genetics e conduzido pela Universidade Harvard (Estados Unidos) fez um novo avanço com relação a isso: predizer o risco de cinco doenças que se manifestam em mais de um gene, por isso elas são chamadas de poligênicas.
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Antes de mais nada, é preciso explicar que muitas doenças comuns dependem de informações que estão espalhadas em mais de um gene para se manifestarem, por isso são mais difíceis de serem detectadas com precisão em exames genéticos.
Mas, o método usado pelo grupo de pesquisadores de Harvard foi comparável a mutações monogênicas (que envolvem um só gene) e eles conseguiram desenvolver marcações genéticas para cinco doenças de grande prevalência: doença arterial coronariana, fibrilação atrial, diabetes tipo 2, doença inflamatória intestinal e câncer de mama.
Como foi feito o estudo
Primeiro os pesquisadores reuniram dados de estudos de associam de genes para identificar as variantes genéticas associadas às cinco doenças investigadas. Foram criados algoritmos que uniram essas variantes, que sozinhas têm um impacto pequeno no risco de ter a doença.
Para validar esse algoritmo, eles usaram as informações de um banco de dados genéticos e médicos do Reino Unido, o BioBank, que contava com o cadastro de mais de 400 mil pessoas.
Com esse tipo de informação, os médicos podem tomar medidas preventivas para essas doenças mais precocemente.
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