Uma vacina para acne está a caminho; anticorpos podem prevenir inflamação
Nome dado a espinhas e cravos que surgem devido a um processo inflamatório das glândulas sebáceas, a acne causa incômodos físicos e tem relações com problemas de saúde mental, podendo causar até depressão. Uma equipe de pesquisadores, no entanto, chegou um passo mais perto de alcançar um santo graal da dermatologia: uma vacina contra a acne.
Em uma série de experimentos em camundongos e tecidos humanos, os cientistas mostraram que o uso de anticorpos criados em laboratório para atingir uma toxina produzida pela bactéria P. acnes (que se alimenta da secreção produzida pelas glândulas sebáceas e inflama os folículos) pode prevenir a resposta inflamatória.
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Publicada no periódico Journal of Investigative Dermatology, a pesquisa mostrou que a vacina reduziu consideravelmente o crescimento das bactérias na pele dos animais e diminuiu a expressão de uma molécula de sinalização inflamatória chamada interleucina 8 (IL-8). O mesmo resultado foi observado em testes em tecidos humanos.
Agora que um antígeno adequado foi identificado, a equipe espera criar uma formulação que seja segura para uso em humanos. Se bem-sucedidos, eles predizem que uma vacina ou outro tipo de droga inibitória também poderia ser usada para outras doenças associadas à P. acnes, incluindo câncer de próstata, sepse, síndrome de choque tóxico, infecções cardíacas, infecções ósseas e várias infecções pós-cirúrgicas.
As opções atuais de tratamento muitas vezes não são eficazes ou toleráveis para muitos dos indivíduos que sofrem dessa condição inflamatória cutânea. Novas terapias seguras e eficientes são extremamente necessárias.
"O impacto potencial de nossas descobertas é enorme para as centenas de milhões de pessoas que sofrem de acne", diz Chun-Ming Huang, do Departamento de Dermatologia da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.
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