Guillain-Barré: o que é a doença que vai deixar Rochelle com paralisia?
A personagem Rochelle, representada pela atriz Giovanna Lancellotti, vai descobrir nos próximos capítulos da novela O Segundo Sol que tem Síndrome de Guillain-Barré, uma doença rara, que pode prejudicar os movimentos do corpo.
Na cena, que deve ir ao ar no dia 26 de setembro, a blogueira irá ao hospital após sofrer um acidente doméstico que causou cortes profundos no corpo, e lá será diagnosticada com o problema, que tem como sintomas diminuição de força, alteração de sensibilidade e sensação de formigamento em diversas partes do corpo, como dedos dos pés e das mãos.
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Quais são as causas da doença?
De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), a síndrome acomete uma parcela pequena da população e é mais comum em homens. Suas causas ainda não são completamente conhecidas pela ciência, mas a doença é muitas vezes desencadeada por infecções causadas pelo HIV (vírus da imunodeficiência humana), dengue ou gripe e, menos frequentemente, por vacinação, cirurgias ou traumatismos.
O processo ocorre assim: ao produzir anticorpos para lutar contra o invasor, o corpo tem uma resposta exagerada e acaba atacando também células dos nervos periféricos, responsáveis pelo movimento e sensibilidade dos músculos.
"Após ao menos uma semana da infecção, o enfermo começa a sentir diminuição de força, alteração de sensibilidade e sensação de formigamento. Os sintomas começam nos pés e são ascendentes, podem subir para joelho, quadril, tórax e até músculos respiratórios", explica Edson Issamu*, neurologista da rede de hospitais São Camilo. Em alguns casos, o paciente também pode ter paralisias temporárias, durante as crises.
Tratamento
Segundo a OMS, não há cura conhecida para a Síndrome de Guillain-Barré, mas a maioria dos pacientes se recupera totalmente dos problemas trazidos pela crise, até mesmo em casos mais graves. No entanto, mesmo sem apresentar sintomas, a pessoa contínua com a doença e pode ter recaídas anos depois ao ataque inicial --o que geralmente ocorre em 3% dos casos.
O acompanhamento médico com tratamentos pode ajudar a melhorar os sintomas e abreviar a duração da crise. Não é possível estimar o tempo de recuperação, que costuma ser lento e progressivo. Pode levar meses ou anos, dependendo do grau do problema.
A fase aguda do problema é normalmente tratada com imunoterapia, como a troca de plasma para remover anticorpos do sangue ou imunoglobulina intravenosa. De acordo com a OMS, a técnica é geralmente mais eficaz quando iniciada sete a 14 dias após o aparecimento dos sintomas.
Em caso de persistência de fraqueza muscular após a fase aguda da crise, terapia de reabilitação para reforçar os músculos pode ser necessária para a recuperação dos movimentos.
Fonte: Edson Issamu, entrevistado na reportagem "Síndrome de Guillain-Barré: entenda doença que técnico do Uruguai pode ter", publicada em 06/07/2018
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