Obstrução intestinal: entenda por que Bolsonaro passou por segunda cirurgia
Internado em São Paulo, o candidato à Presidência Jair Bolsonoraro (PSL) foi liberado para comer alimentos sólidos, mas após apresentar distensão abdominal na manhã de quarta-feira (12), a equipe médica suspendeu a alimentação via oral e passou a investigar o caso.
Após fazer uma tomografia do abdômen, foi descoberta a presença de aderência - uma espécie de faixa de tecido humano - obstruindo o intestino delgado, um dos locais atingidos pela facada da qual foi vítima.
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De acordo com Elaine Moreira, médica gastroenterologista, a obstrução intestinal não é um quadro comum no pós-operatório, mas é mais frequente após uma cirurgia de urgência, como foi o caso.
Moreira explica que a obstrução foi causada por uma fístula causada pela conexão de órgão ou vaso sanguíneo com outra estrutura na qual normalmente não estão conectados.
"As fístulas podem aparecer entre o terceiro e o décimo dia após a cirurgia. No caso de Bolsonaro, foi um pequeno orifício encontrado no intestino e estava fazendo com que o conteúdo do tubo digestório entrasse em contato com a cavidade abdominal. Por isso, além de corrigirem o processo obstrutivo, os médicos fizeram lavagem abdominal".
A cirurgia foi concluída com sucesso pouco antes das 23h50 de ontem (12). Apesar da obstrução intestinal causar alto índice de mortalidade, com os recursos modernos desenvolvidos há alguns anos o quadro geralmente não leva à morte.
No entanto, como aponta a especialista, o panorama atual prolonga a estadia do paciente no hospital. Bolsonaro voltou para os cuidados da UTI (Unidade de Terapia Intensiva). ?Os próximos passos são o controle clínico, nutricional e laboratorial para acompanhar a evolução dele. Os médicos devem continuar a nutrição pelas veias, para evitar desnutrição, que poderia levar a outros problemas", afirma.
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