82% das internações cardiológicas são de emergência; proteja seu coração
Um levantamento realizado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) aponta que no ano passado houve 1,1 milhão de internações por doenças cardiovasculares no país. O mais alarmante é que, desses casos, 929 mil (82%) foram de emergência --ou seja, a pessoa deu entrada no hospital após sofrer um problema no coração e não para uma cirurgia ou procedimento agendado.
Segundo a SBC, doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no país --360 mil por ano -- e a chance de sobrevivência é quatro vezes menor em um atendimento no de emergência, comparado ao eletivo. Mas saiba que grande maioria desses problemas pode ser evitada com hábitos de vida mais saudáveis. Confira a seguir o que fazer para proteger seu coração.
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Pratique exercícios regularmente
A atividade física fortalece o coração, ajuda a reduzir a pressão arterial, a controlar o nível de açúcar no sangue, a aumentar o colesterol bom (HDL) e a diminuir o triglicérides. Tudo isso contribui para um menor risco de sofrer problemas como infarto, hipertensão e AVC (acidente vascular cerebral).
Para proteger-se de doenças cardiovasculares e outras doenças, a OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda a prática de pelo menos 150 minutos de atividade física moderada por semana, dividas em cinco sessões. Ou ainda 75 minutos de exercício vigoroso, realizados em três treinos semanais.
Evite o açúcar e carboidratos refinados
O consumo exagerado de doces, refrigerantes, pães e massas refinadas tende a levar ao ganho de peso e problemas metabólicos --diabetes, alterações no colesterol, no triglicérides e na pressão arterial -- que aumentam o risco de doenças cardiovasculares.
No caso do açúcar, a quantidade do alimento ingerida diariamente não deve ultrapassar os 25 gramas (cerca de duas colheres de sopa), segundo a OMS.
Já a porção diária de carboidratos deve ser ajustada por um nutricionista, mas um estudo recente realizado pela Universidade Harvard (EUA) mostrou que pessoas que ingerem de 50% a 55% das calorias diárias de fontes de carboidratos têm menor risco de morte, em comparação a quem o nutriente fornece mais de 70% das calorias totais.
Vale ressaltar que o ideal é que esses carboidratos venham de fontes integrais e naturais: legumes, verduras, frutas e grãos.
Durma bem
A lista de problemas trazidos pela falta de horas de sono é enorme: estudos mostram que dormir pouco está associado ao ganho de peso, da pressão arterial e do risco de desenvolver diabetes --complicações que aumentam o risco de doenças cardiovasculares.
"Quando dormimos, nossa frequência cardíaca cai. É o momento em que o coração, que nunca para, consegue 'descansar'", explicou o cardiologista Guilherme Sangirardi, membro da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP), em reportagem do UOL VivaBem.
De acordo com um estudo publicado no European Heart Journal, quem dorme menos de seis horas por dia tem até 48% mais risco de desenvolver doenças cardíacas. Portanto, tenha como meta ficar um tempo maior do que esse na cama. E se você dorme mal, confira algumas maneiras de ter uma boa noite de sono, segundo a ciência.
Controle o estresse
Além de prejudicar o sono, o estresse crônico mantém elevado o nível de cortisol no organismo e de açúcar no sangue, o que aumenta o risco de desenvolver problemas como obesidade e diabetes. Praticar esportes é uma ótima maneira de aliviar a tensão do dia a dia. A atividade física estimula a produção de substâncias no organismo que melhoram o humor, ajudam a relaxar e trazem bem-estar. Veja os melhores exercícios para combater o estresse.
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