Molho, extrato ou polpa de tomate? Entenda as diferenças
Molho de tomate, está aí um produto versátil. Ele pode ser utilizado nos mais diversos tipos de pratos e, além de dar um toque especial a todos eles, garante muitos ganhos à saúde.
Estudos já mostraram que o fruto ajuda a manter o coração em dia, reforça o sistema imune, blinda os ossos, reduz o envelhecimento precoce e auxilia no combate a diversos tipos de câncer, como o de estômago e o de próstata. E esse efeito fica ainda mais potente quando o vegetal é transformado em molho, pois, com o cozimento, boa parte das substâncias que oferecem esses ganhos --especialmente o licopeno, o responsável pela sua cor vermelha e que tem uma potente ação antioxidante -- é mais bem aproveitada pelo organismo.
E como se não bastasse tudo isso, a versão tradicional é bem pouco calórica. Conheça as diferenças entre os tipos oferecidos pelo mercado, escolha o mais indicado para o seu caso e desfrute de todos esses benefícios.
A grande diferença está na concentração do produto
Existem algumas variações desse tipo de alimento no mercado, mas há uma diferença básica entre eles: a quantidade de tomates utilizados na sua fabricação. O molho é feito com o fruto processado e já temperado, ou seja, pronto para o consumo, por isso ele leva mais sódio, além de apresentar mais alergênicos.
Tanto a polpa quanto o extrato são feitos apenas com tomate processado e sal, e às vezes adição de açúcar, ou seja, você pode temperar como preferir, por isso normalmente eles têm menos aditivos. Dessa forma, podem ser uma opção melhor para a saúde. A diferença é que o extrato é mais concentrado, e pode precisar ser diluído antes de usar. Essa concentração o torna uma boa opção para engrossas receitas e dar coloração a elas. Algumas polpas e extratos podem também apresentar açúcar na composição, mas isso varia de marca para marca.
A passata, disponível em algumas marcas, também é feita com a polpa de tomate cozida sem temperos, mas ela tem uma quantidade menor de frutos por peso em relação ao extrato. Algumas podem ter ingredientes como espessantes, portanto também vale estar atento ao rótulo.
O preço mais salgado das opções orgânicas pode compensar
A produção desse tipo de alimento é mais sustentável e ele oferece os ganhos à saúde dos alimentos cultivados sem agrotóxicos, substâncias que, se estiverem em contato frequente com o organismo, aumentam o risco de uma série de problemas, entre eles distúrbios hormonais e alguns tipos de câncer. No que diz respeito aos valores nutricionais, não há diferenças significativas, mas estudos recentes deram indícios de que eles podem ter mais antioxidantes do que as versões convencionais.
As versões light são boas opções para quem quer emagrecer ou sofre com pressão alta
Aqueles que têm a palavra light na embalagem apresentam uma redução de pelo menos 25% em algum item, normalmente calorias, gorduras ou sal. No caso dos molhos de tomate, essa diminuição não reflete em números muito grandes, mas para quem tem problemas com os quilinhos extras ou hipertensão eles podem fazer diferença.
De qualquer forma, é importante comparar os valores nutricionais na hora da compra, já que existem diversas receitas no mercado, nas quais são utilizados os mais variados ingredientes, e existem diferenças entre as marcas.
Os produtos diet ou zero, por sua vez, têm a retirada total de algum elemento, na maior parte das vezes o açúcar, e são destinados a quem tem um problema de saúde, como os diabéticos, mas isso não quer dizer que são menos calóricos, pois esse ingrediente pode ser substituído por outros que pesem ainda mais na balança.
Comparar os valores nutricionais é imprescindível
Não é apenas no caso das versões light que eles precisam ser avaliados. Como existem produtos que levam tipos diferentes de temperos, carnes e queijos, entre outros, é importante que o consumidor fique atento às quantidades de calorias e sódio. Também é importante comparar o mesmo tipo de molho de fabricantes diferentes, pois pode haver bastante diferença entre eles.
Molho de tomate
- Porção 30 gramas (2 colheres de sopa)
- Valor energético: 13,5 kcal
- Carboidratos: 3 gramas
- Proteínas: 0,25 gramas
- Gorduras: 0 gramas
- Fibras: 0,3 gramas
- Sódio: 158 miligramas
Polpa de tomate
- Porção 30 gramas (2 colheres de sopa)
- Valor energético: 17 kcal
- Carboidratos:3,6 gramas
- Proteínas: 0,5 gramas
- Gorduras: 0 gramas
- Fibras: 0,7 gramas
- Sódio: 5,8 miligramas
Extrato de tomate
- Porção 30 gramas (2 colheres de sopa)
- Valor energético: 14 kcal
- Carboidratos:2,6 gramas
- Proteínas: 0 gramas
- Gorduras: 0 gramas
- Fibras: 0,6 gramas
- Sódio: 131 miligramas
Se a embalagem estiver danificada, não a coloque no carrinho
A sua integridade é fundamental para garantir a proteção do produto da ação de elementos externos, como vapor de água, oxigênio, luz, microrganismos e insetos. Além disso, ela serve para evitar perda do seu aroma e sabor. No caso específico da lata, se ela estiver amassada, o alimento pode entrar em contato direto com o metal, levando à sua deterioração. Com a evolução da tecnologia, alguns fabricantes estão utilizando uma espécie de verniz dentro desse tipo de embalagem que evita esse problema, mas, na dúvida, é melhor optar pelas que estão intactas.
Prefira os produtos vendidos em lata, vidro ou sachê
Elas oferecem mais proteção ao alimento em comparação às cartonadas, aquelas caixinhas, que são mais permeáveis ao oxigênio, fator que pode comprometer a qualidade do molho. Entretanto, se elas forem estocadas em locais com temperatura amena e pouca luz e estiverem longe do prazo de validade, também são boas opções.
Fontes: Shirley Berbari, pesquisadora do Instituto de Tecnologia de Alimentos do Estado de São Paulo (ITAL), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de estado de São Paulo; Breno da Silva Lozi, nutricionista, Professor de Nutrição e Dietética no Centro de Ensino Enf-Ciência, em Carangola, Minas Gerais e Renata Domingues, médica especializada em nutrologia, vice-presidente da Associação Brasileira de Nutrologia Médica (Abranutro), membro da World Society of Interdisciplinary of Anti-Aging Medicine (WOSIAM) e diretora responsável pela Clínica Adah, em São Paulo.
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