Novas drogas podem acabar com protozoário da malária adormecido, diz estudo
Febre alta, calafrios, dores de cabeça e musculares, aumento do baço e taquicardia, esses são os principais sintomas da malária, doença infecciosa, causada pela picada do mosquito Anopheles quando infectado pelo protozoário Plasmodium. No Brasil, o número de pessoas com a doença vinha caindo, porém, de acordo com o Ministério da Saúde, no ano passado foram detectados mais de 88 mil casos, cerca de 28% a mais do que em 2016.
Atualmente, o tratamento da malária é bastante eficaz no propósito de curar a pessoa infectada, porém, o protozoário permanece adormecido no organismo desse indivíduo. Caso ele seja picado pelo mosquito da mesma espécie, o Plasmodium amadurece dentro do inseto, abrindo espaço para que outra pessoa corra o risco de também sofrer com a malária. E é exatamente nesse processo que cientistas têm trabalhado compostos que impedem o amadurecimento do parasita dentro do pernilongo.
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A equipe, liderada por pesquisadores do Imperial College London, no Reino Unido, publicou os resultados do estudo na revista científica Nature Communications, em que foram examinados mais de 70 mil compostos. Dessas substâncias, seis foram identificadas com potencial para serem transformados em drogas que bloqueiam a transmissão da doença.
Agora a equipe está testando essas drogas individualmente para determinar como cada um deles funciona, já que elas não podem ser administradas diretamente nos insetos e precisariam ser transmitidas até eles pelos humanos.
“O que propomos são medicamentos antimaláricos que protegem os mosquitos, impedindo que os parasitas continuem sua jornada infecciosa. Ao combinar tal droga com um antimalárico convencional, não apenas curamos a pessoa individualmente, mas também protegemos a comunidade”, aponta Jake Baum, professor do Departamento de Ciências da Vida da Universidade e líder das pesquisas.
Ainda de acordo com Baum, “no nível individual, combater a malária é uma batalha constante, pois os parasitas se tornam resistentes aos medicamentos antimaláricos. Como a transmissão ocorre no mosquito, as drogas direcionadas a esse processo têm o benefício adicional de serem naturalmente muito mais eficazes à resistência, o que pode ser essencial para eliminar a malária.”
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