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Dieta mediterrânea diminui risco de depressão, de acordo com novo estudo

Seguira a dieta mediterrânea pode diminuir as chances de depressão  - iStock
Seguira a dieta mediterrânea pode diminuir as chances de depressão Imagem: iStock

Do UOL VivaBem, em São Paulo

30/09/2018 14h18

Cientistas descobriram que existe uma ligação entre as dietas que são ricas em alimentos vegetais -particularmente a dieta mediterrânea- e um menor risco de depressão. O estudo, feito na University College London (Reino Unido), teve como objetivo criar recomendações para profissionais que ajudam pessoas com depressão.

Um relatório divulgado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), em 2017, aponta que a depressão afeta 4,4% da população mundial (5,1% das mulheres e 3,6% dos homens). No Brasil, a prevalência é um pouco maior que a média: de 5,5%, número que, nas Américas, só é superado pelos Estados Unidos.

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Na tentativa de evitar o aumento dos casos, os pesquisadores analisaram 41 estudos que avaliaram se os participantes seguiam uma dieta saudável e como isso se relacionava com "sintomas depressivos ou depressão clínica".

Os pesquisadores deixam claro que a depressão é um problema psiquiátrico que precisa de acompanhamento médico, não se resolve apenas no prato. A ideia era coletar evidências de como a nutrição impacta o quadro, e os resultados foram publicados na revista científica Nature Molecular Psychiatry.

A análise científica acompanhou 36.556 adultos que seguiam uma dieta mediterrânea tradicional (rica em vegetais, frutas, legumes, nozes, azeite de oliva e peixes) e quais eram suas relações com sintomas de depressão. O resultado? Manter a dieta estava associado a uma diminuição de 33% no risco de depressão, em comparação com quem se alimentava com cardápios menos saudáveis.

Em uma segunda análise, com dados de 32.908 adultos da Austrália, França, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos, também foi possível associar que seguir uma dieta "pró-inflamatória" aumentava as chances de depressão. Os médicos consideraram como um cardápio pró-inflamatório aquele com grandes quantidades de açúcar, alimentos processados e gorduras saturadas.

"Seguir uma dieta saudável, em particular a mediterrânea, ou evitar uma dieta pró-inflamatória parece conferir alguma proteção contra a depressão", concluiu a pesquisa. "Há evidências convincentes para mostrar que existe uma relação entre a qualidade da sua dieta e sua saúde mental", completou Camille Lassale, que participou do estudo.

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