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Estigma da acne aumenta estresse, gera dores de cabeça e prejudica sono

monzenmachi/IStock
Imagem: monzenmachi/IStock

Do UOL VivaBem, em São Paulo

02/10/2018 15h19

Muitas pessoas com acne são impactadas negativamente pelo estigma social da condição da pele, segundo um novo estudo da University of Limerick, na Irlanda, que concluiu que a gravidade do problema está significativamente correlacionada com a qualidade de vida, a saúde e sofrimento psicológico.

O objetivo da equipe de cientistas era investigar se as percepções de estigmatização dos pacientes com acne predizem significativamente os resultados de saúde psicológica e física; especificamente a qualidade de vida relacionada à saúde, sofrimento psicológico e sintomas somáticos.

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Realizada com 271 pacientes que sofriam com acne, a pesquisa revelou que as percepções negativas de como a sociedade vê a aparência dos voluntários estão associadas a um nível mais elevado de estresse psicológico e outros sintomas físicos, como distúrbios do sono, dores de cabeça e problemas gastrointestinais.

As mulheres do estudo relataram maior comprometimento da qualidade de vida e mais sintomas que os homens.

"Nós sabemos, por meio de estudos anteriores, que muitas pessoas com acne experimentam sentimentos negativos sobre sua condição, mas nunca antes fomos capazes de traçar uma ligação tão direta entre a qualidade de vida e a percepção do estigma social em torno da acne", afirma Aisling O'Donnell, um dos responsáveis pela análise.

De acordo com o Jamie Davern, principal autor do artigo, a falta de representação de pessoas com acne na cultura popular pode aumentar o estigma percebido em torno da condição.

"Como muitos atributos físicos que são estigmatizados, a acne não é bem representada na cultura popular, publicidade ou mídia social. Isso pode levar as pessoas com acne a sentirem que elas não são normais e, portanto, vistas negativamente pelos outros", explicou ele.

Embora os adolescentes sejam mais comumente acometidos por acne, a condição também afeta 10,8% das crianças entre 5 e 13 anos e 12,7% dos adultos com mais de 59 anos.

Por fim, Davern afirma que os resultados fornecem informações importante para os médicos que lidam com condições de acne. "Também é útil para aqueles que estão perto de pessoas com a condição. A experiência de alguns é muito desafiadora e requer sensibilidade e apoio", conclui.

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