Dor crônica? Cientistas desenvolvem terapia para acabar com o problema
Ela surge do nada, persiste por mais de três meses e, muitas vezes, chega a ser insuportável. A dor crônica está atrapalhando cada vez mais a vida das pessoas e, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, um em cada cinco adultos convivem com o problema.
Para tentar acabar com esse sofrimento, cientistas da Universidade de Rush (EUA) testaram uma nova terapia chamada de estimulação do gânglio da raiz dorsal, que tem como foco as fibras nervosas que transportam sinais da fonte da dor.
No estudo, o método reduziu em 33% a percepção de desconforto dos pacientes, que tinham incômodos crônicos nas extremidades inferiores e nas costas. As pessoas avaliadas ainda relataram "melhora significativa na dor mesmo depois de um ano, o que é notável", reforçou Robert J. McCarthy, um dos autores do estudo. "Quando perguntados se o tratamento foi útil, 94% dos voluntários disseram que sim", completou.
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Antes de receber o tratamento experimental, a maioria dos participantes do estudo classificou sua dor no nível 8. Depois disso, o nível de dor mais comum foi 5. Os pesquisadores descrevem a melhora como "clinicamente significativa".
Como funciona a terapia
Os gânglios da raiz dorsal são aglomerados de células nervosas --localizadas em cada lado da vértebra espinhal -- que transmitem sinais dolorosos e sensoriais vindos de várias partes do corpo para a medula espinhal e o cérebro.
A estimulação interrompe os sinais fornecendo pequenos impulsos elétricos por meio de um fio colocado ao lado do gânglio da raiz dorsal associado à fonte do incômodo. Isso substitui a dor extrema por uma sensação mais suportável, como dormência ou formigamento.
Os cientistas implantam o dispositivo, que parece um pequeno marca-passo, na região lombar sob a pele. Um especialista em dor define a quantidade de corrente que ele fornece de acordo com a quantidade de dor que uma pessoa experimenta.
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