Na infância, café da manhã de má qualidade prejudica saúde cardiovascular
Novo estudo constata que crianças que tomam café da manhã de pior qualidade nutricional e maior densidade energética (mais calorias por grama de alimento) ou que pulam essa refeição têm mais problemas de saúde. A informação foi divulgada na revista científica Nutrients.
Os pesquisadores concluíram ainda que os programas de educação nutricional para melhorar a saúde cardiovascular na infância deveriam incluir recomendações específicas voltadas para a redução do consumo de alimentos com alta densidade energética durante a primeira refeição do dia.
VEJA TAMBÉM:
- Quando os remédios afetam a mente e o comportamento de uma criança
- Tomar café prejudica o crescimento da criança?
- Maldição das estrelas da Disney: por que famosos mirins piram na vida adulta
"O café da manhã não é só o desjejum, também é a refeição mais importante", disse Idoia Kabayen-Goni, que participou do estudo. "Apesar disso, muitas crianças vão à escola sem tomar café da manhã, o que significa que na hora do almoço ficam mais famintas e podem comer mais do que deveriam. A ausência do café da manhã já foi correlacionada com o excesso de gordura e outros distúrbios associados, e está sendo observada para criar estratégias contra a obesidade infantil".
Os cientistas avaliaram os hábitos alimentares no café da manhã de 203 crianças com idade entre 8 e 15 anos e com excesso de peso. Com os dados foi possível cravar que 13% das crianças que não tomavam café todos os dias ou que optavam por uma refeição com menor qualidade nutricional e maior densidade energética apresentavam os níveis mais altos de colesterol e ácido úrico no sangue, além de maior resistência à insulina.
A maior densidade energética do café da manhã ainda tem repercussões negativas no metabolismo da glicose, mesmo naquelas crianças que atendem às recomendações diárias de atividade física --uma hora de intensidade moderada a vigorosa.
Como conclusão, os pesquisadores ressaltaram que os programas de educação nutricional destinados a melhorar a saúde cardiovascular e metabólica infantil devem se concentrar na redução do consumo de alimentos de alta densidade energética, como "produtos ultra processados, comumente presentes no café da manhã das crianças", afirmou Idoia Labayen.
SIGA O UOL VIVABEM NAS REDES SOCIAIS
Facebook - Instagram - YouTube
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.