Camisinha autolubrificante é criada para estimular uso do preservativo
A história de que a camisinha é desconfortável não é mais uma desculpa para não usá-la. Uma equipe de pesquisadores britânicos inventou um preservativo autolubrificante para tornar o sexo seguro mais agradável. A ideia é acabar com a dor do atrito e aumentar a satisfação.
Embora os preservativos de látex tenham inúmeras vantagens --como excelentes propriedades de barreira, baixo custo e facilidade de uso--, eles também têm alta superfície de atrito, de acordo com os cientistas. Isso pode levar a todos os tipos de problemas durante o sexo, incluindo quebra de preservativo e desconforto.
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Mesmo quando os lubrificantes são usados em conjunto com o látex, o prazer melhorado pode ser de curta duração. "Lubrificantes pessoais podem aumentar a satisfação do usuário com preservativos masculinos, reduzindo o atrito e produzindo uma sensação escorregadia", explicam os pesquisadores. "No entanto, os lubrificantes apresentam desvantagens de diluição em fluidos fisiológicos e descamação em articulações repetidas."
Um preservativo autolubrificante, divulgado nesta quarta-feira (17), pode oferecer aos usuários uma alternativa. Os cientistas, financiados pela Fundação Bill e Melinda Gates, desenvolveram e otimizaram o que eles chamam de "técnica lubrificante de tratamento de superfície", que reveste o látex de borracha com uma fina camada de polímeros hidrofílicos. Estes, por sua vez, são atraídos por moléculas de água e são solúveis, o que significa que, ao contato com uma superfície úmida, tornam-se escorregadios ao toque.
Os testes mostraram que o revestimento não é facilmente removido e fornece baixa fricção consistente. Além disso, nenhuma dessas características afetou a força do látex.
Como parte do estudo, a pesquisa ainda pediu a 33 participantes que sentissem e comparassem três diferentes amostras de látex antes e depois do contato com a água. A grande maioria concordou que o material autolubrificante era mais escorregadio (85%). Desse número, 70% sentiram que o revestimento era "muito mais escorregadio" do que as outras duas alternativas.
"Os resultados da pesquisa sugerem que um preservativo inerentemente escorregadio poderia ser adotado e poderia aumentar o uso de preservativos entre as populações que não os usam consistentemente", concluem os pesquisadores.
De acordo com a fundação que financiou o projeto, se a invenção "da nova geração de camisinhas" for encontrada, ela poderia "levar a benefícios substanciais para a saúde global, tanto em termos de redução da incidência de gravidez não planejada quanto na prevenção da infecção pelo HIV".
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