O cabelo se acostuma com o xampu e o produto para de fazer efeito?
Provavelmente, você já ouviu falar que é preciso mudar de xampu de tempos em tempos, pois depois de um longo período o cabelo se acostuma com o produto e ele para de fazer efeito. Talvez, você até já tenha sentido isso na pele --ou melhor, na cabeça --, mas saiba que não foi porque seus fios se adaptaram ao cosmético.
Por que parece que o xampu não faz efeito após um tempo uso?
O produto em momento algum perde sua eficácia. O que acontece é que as necessidades capilares mudam. Em um determinado momento, seu cabelo precisa de mais hidratação, depois de nutrição e, mais adiante, de construção --por conta de fatores como alterações hormonais e de saúde, envelhecimento, danos externos (clima e poluição, por exemplo) e, especialmente, agressões químicas.
Assim, quando os fios recebem do xampu os ativos que necessitam, é natural que fiquem lindos no início. Porém, a medida em que absorvem dele tudo o que precisam, o resultado pode não ser mais o mesmo, dando a impressão de que o produto perdeu a eficácia, quando, na realidade, ele apenas cumpriu sua função e a cabeleira agora está carecendo de outros nutrientes.
VEJA TAMBÉM:
- Arrancar um fio de cabelo branco faz nascer vários no mesmo lugar?
- Comer uma maçã após a refeição é bom para limpar os dentes?
- Mastubar-se todos os dias evita câncer de próstata?
Como saber o que seu cabelo necessita?
De modo geral, os fios precisam de hidratação quando estão ressecados e sem brilho. De nutrição se há frizz, porosidade ou rigidez. E necessitam de reparação quando estão fracos, quebradiços e com pontas duplas.
Outro ponto a ser destacado é que o acúmulo de substâncias na superfície dos fios e no couro cabeludo também prejudica o desempenho do xampu, pois impede que ele penetre na estrutura capilar e faça seu trabalho. Mesmo enxaguando muito bem, é normal que resquícios desse e dos demais cosméticos de uso frequente, como condicionador e máscara, permaneçam após as lavagens. Neste caso, a solução é utilizar ocasionalmente um antirresíduos.
Apesar disso tudo, os especialistas afirmam que se as madeixas estão saudáveis e o xampu escolhido dando bons resultados, não há razão para trocá-lo. Até porque a constante substituição tem seus pontos negativos: os fios e o couro cabeludo terão de se readaptar a uma nova fórmula, correndo o risco de terem o pH alterado e maior probabilidade de apresentarem ressecamento e hipersensibilidade.
Como escolher o xampu ideal?
Antes de adquirir qualquer produto, é fundamental conhecer o seu tipo de cabelo: normal, seco ou oleoso. Também é importante levar em conta se ele tem algum tipo de química ou problema, como dermatite seborreica. Para não ter dúvidas, o melhor a fazer é consultar um especialista (dermatologista ou tricologista) ou pedir ajuda ao cabeleireiro.
De todo modo, nas lojas, vale procurar por xampus com pH ácido (entre 5 e 6,5), afim de manter o equilíbrio dos fios e não causar danos neles, e com baixas concentrações de lauril sufato de sódio (detergente) e cloreto de sódio (sal comum), que podem remover a proteção natural, ressecando e provocando frizz ou quebra.
O jeito certo de lavar os cabelos
Para manter os cabelos saudáveis é indicado lavá-los com água morna ou fria, utilizar uma pequena quantidade de xampu --o equivalente a uma moeda de um real para os curtos e duas para os compridos --, massagear o couro cabeludo com a ponta dos dedos (não com as unhas) e em movimentos de vai e vem. Não é necessário repetir essa operação.
Depois é a vez de aplicar o condicionador, que não necessariamente precisa ser da mesma marca e linha do xampu. A regra para esse produto é jamais passá-lo na raiz, apenas no comprimento e nas pontas. Isso evita oleosidade, caspa, coceira e o entupimento dos poros. E atenção: as máscaras e os cremes não substituem o condicionador; cada item tem a sua função.
Ao final da limpeza, o melhor a fazer é deixar os cabelos secarem naturalmente. Se isso não for possível, use o secador na temperatura morna, jamais na quente, e evite chapinha e modeladores elétricos.
Fontes: Larissa Montanheiro, dermatologista do Hospital Sírio Libanês e membro da Sociedade Brasileira do Cabelo (SBC); Luciano Barsanti, tricologista, diretor médico do Instituto do Cabelo (IC) e presidente da Sociedade Brasileira de Tricologia (SBTri); Jefferson E. Silva, professor de pós-graduação em tricologia e terapia capilar da Universidade Anhembi Morumbi Jardis Volpe, dermatologista e diretor-médico da Clínica Volpe; ;e Vivi Afecto, cosmetóloga da Vivi Afecto Estética Avançada.
SIGA O UOL VIVABEM NAS REDES SOCIAIS
Facebook - Instagram - YouTube
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.