Acha dolorido fazer mamografia? Veja como tornar o exame mais confortável
Por mais que existam outros exames que ajudam no diagnóstico do câncer de mama, a mamografia continua sendo uma das formas mais indicadas para identificar a doença. Afinal, ela é capaz de mostrar alterações estruturais nas glândulas mamárias que o ultrassom e a ressonância magnética não conseguem detectar.
Apesar da importância fundamental para o diagnóstico da doença que afeta quase 60 mil mulheres por ano no Brasil, segundo o Inca, o percentual de mamografias em mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) foi o menor nos últimos cinco anos, segundo uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) em parceria com a Rede Brasileira de Pesquisa em Mastologia.
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Falta de acesso e medo da dor
São muitos os motivos que levam a essa baixa de mamografias no Brasil. "A falta de informação e de um programa controlado de rastreamento da doença, assim como a má distribuição de equipamentos aptos para uso são os fatores principais", aponta Paula Saab, mastologista e membro da Sociedade Brasileira de Mastologia.
Além desses problemas sistêmicos, existe outra causa que contribui para a fuga de mulheres do exame: o desconforto. "Como os seios são extremamente sensíveis e o exame necessita da compressão das glândulas mamárias, pode mesmo provocar dor, que varia de mínima a intensa dependendo da sensibilidade da mulher", esclarece Silvia Sabino, radiologista do Instituto de Prevenção do Hospital de Amor, em Barretos.
Como minimizar o incômodo
É possível amenizar o desconforto escolhendo o período mais propício do mês para realizar o exame. A principal dica é marcar a mamografia para a primeira semana após o final da menstruação. "Assim, a mama estará menos inchada e dolorida. No período pré-menstrual também não é recomendado fazer a mamografia porque os seios acumulam muito líquido, o que pode causar mais dor. O ideal é esperar uns três ou quatro dias depois do fim da menstruação", explica Marcelo Bello, mastologista e diretor do Hospital do Câncer III, unidade do Inca que cuida exclusivamente de câncer de mama.
Tente relaxar
Nem sempre é fácil, mas controlar a tensão enquanto o profissional posiciona as mamas da paciente no equipamento pode tornar o exame menos sofrido. Isso porque os seios são unidos ao tórax através da musculatura peitoral, que pode acabar contraída em situações de nervosismo. Consequentemente, a chance de sentir dor aumenta. "Com o corpo (sobretudo os braços) relaxado, fica mais fácil e menos desconfortável passar pela mamografia", aconselha Silvia.
Paciente ajusta a pressão
Atualmente, já existem aparelhos de mamografia que permitem que a paciente faça uma autocompressão, ou seja, ela é quem controla a pressão sobre a mama, podendo aliviá-la caso sinta muita dor. "O que se tem observado é que a autocompressão é mais eficiente porque é mais confortável, o que resulta em imagens de melhor qualidade", observa Renato Leme, coordenador médico do grupo de radiologia mamária do departamento de diagnóstico por imagem da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, em São Paulo.
Alerta para quem tem silicone
O implante pode dificultar o diagnóstico dos sinais de câncer na mamografia porque esconde uma parte do tecido mamário. Por isso é importante comunicar o médico sobre a prótese. "Assim, o profissional que vai realizar o exame pode recorrer à chamada manobra de Eklund, em que o implante de silicone é afastado do tecido mamário a fim de permitir uma melhor investigação da glândula. Isso evita que uma pequena lesão passe despercebida", explica Alexandre Pupo Nogueira, ginecologista, mastologista e membro do núcleo de mastologia do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.
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