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Cinco erros que tornam o jejum intermitente perigoso

Antes de optar pelo jejum intermitente, saiba os erros mais comuns - Getty Images
Antes de optar pelo jejum intermitente, saiba os erros mais comuns Imagem: Getty Images

Raquel Drehmer

Colaboração para o UOL VivaBem, em São Paulo

25/10/2018 04h00

A essa altura todo mundo já tem sua opinião sobre o jejum intermitente. E não é difícil entender porque ele caiu no gosto de quem busca perder peso. Ele provoca um estresse adaptativo no organismo e os resultados rápidos animam as pessoas. 

O problema é que esta dieta é fácil de começar, mas difícil de ser mantida. Estudos já mostram que, a longo prazo, a perda de peso é equivalente a de uma dieta comum, e a maioria das pessoas acaba desistindo.

Vamos lembrar que como toda dieta, deve ser feita com acompanhamento médico para não trazer prejuízos à saúde. Quando feito indiscriminadamente, apenas com base no que os famosos ou os conhecidos disseram, erros perigosos podem ser cometidos.

Ouvimos o médico nutrólogo José Alves Lara Neto, vice-presidente da Abran (Associação Brasileira de Nutrologia) e a endocrinologista Maria Edna de Melo, presidente do Departamento de Obesidade da Sbem (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia) para apontar os cinco principais erros:

Reservar fim de tarde e noite como períodos para se alimentar

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Deixar a ingestão de comida para a noite não é uma boa ideia
Imagem: Thinkstock
Os métodos mais comuns do jejum intermitente são o 12/12 e o 16/8. Eles significam, respectivamente, que a pessoa passará 12 ou 16 horas sem comer (apenas bebendo água).

Como nosso metabolismo funciona melhor de manhã e no começo da tarde, o principal erro é deixar as refeições para fim da tarde e noite. A digestão fica mais difícil, a produção de alguns hormônios pode cair, um mal-estar tende a aparecer.

Ingerir calorias demais nas refeições 

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No jejum intermitente, o período para se alimentar não pode ser visto como permissão para comer demais
Imagem: Getty Images/iStockphoto
O fato de passar muitas horas com a barriga vazia dá a muitas pessoas a falsa sensação de que podem comer tudo que virem pela frente no período liberado para as refeições - elas creem que depois, ao longo de pelo menos 12 horas, o corpo dará um jeito de lidar com todas aquelas calorias, gorduras, carboidratos e tudo mais.

Não é assim que funciona: a ingestão rápida e concentrada de enormes pratos de comida pode causar problemas como indigestão e agravar condições de saúde que a pessoa já tenha, como hipoglicemia e transtornos do humor.

Não comer o suficiente na janela de alimentação

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Não ingerir a quantidade necessária de calorias para passar o dia pode dar o efeito contrário
Imagem: iStock
Comer pouco nas horas reservadas à alimentação no jejum intermitente também é prejudicial à saúde, pois o organismo entra em um déficit de gordura e começa a consumir massa muscular. Aqui, a principal consequência é a diminuição do ritmo do metabolismo, que pode ser muito difícil de ser revertida.

Além disso, a perda de peso fica prejudicada devido ao efeito rebote: por entender que o corpo dificilmente recebe nutrientes ou calorias, o organismo "segura" tudo que conseguir quando qualquer alimento for ingerido, para assim garantir seu bom funcionamento.

Não respeitar as condições de saúde pré-existentes

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Se você tem doenças pré-existentes, deve evitar o jejum intermitente
Imagem: Thinkstock
Os especialistas são categóricos ao afirmar que o jejum intermitente não é para todos, já que cada organismo tem suas particularidades. Esta dieta não é recomendada especialmente para quem tenha hipoglicemia, hiperglicemia, transtornos de humor, gota e tendência a desenvolver pedras na vesícula, pois a privação de alimentos é um fator importante para a piora dos sintomas de todas elas.

Esquecer de beber água

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Beber água é essencial para garantir a saúde e o emagrecimento
A ingestão de água é liberada durante as horas de jejum da dieta, e não se hidratar suficientemente é perigosíssimo, pois impede que o organismo desenvolva suas funções de forma adequada pela falta da própria água e dos sais minerais que ela leva ao corpo. 

Dor de cabeça, cãibra, dores no estômago, tonturas e náuseas são alguns dos sinais de desidratação. É importante ficar alerta e consumir pelo menos dois litros de água por dia, distribuindo esta quantidade em porções de 250 ml de tempos em tempos. 

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