Qual o intervalo seguro para engravidar novamente? Ciência explica
Esperar 18 meses entre as gestações reduz os riscos para a saúde da mãe e do bebê, de acordo com uma nova pesquisa publicada no periódico científico JAMA Internal Medicine.
Todos os testes realizados mostraram que engravidar em menos de 18 meses após o parto resulta em gestações de risco para mulheres de todas as idades. Mães que tinham 35 anos tinham maiores riscos à sua saúde pessoal, enquanto mulheres de todas as idades viram riscos para a criança, sendo os mais graves entre 20 e 34 anos.
VEJA TAMBÉM
- Tomar café na gravidez pode prejudicar o desenvolvimento do bebê?
- Só 25% das gestantes são informadas sobre quanto é saudável engordar
- 64% das mulheres sofrem de insônia no fim da gravidez
Para avaliar como o espaçamento da gravidez pode ser afetado pela idade da mulher, os pesquisadores analisaram quase 150 mil registros médicos de mães e bebês canadenses, incluindo registros de nascimento, dados de hospitalização, informações sobre infertilidade e registros para encontrar ligações de mortalidade.
As mães com 35 anos ou mais que conceberam seis meses após o nascimento de um bebê tiveram um risco de 1,2% (12 casos por 1.000 gestações) de mortalidade materna ou doenças graves e uma chance de 6% de dar à luz prematuramente. A espera de 18 meses reduziu esse risco para apenas 0,5% e quase metade, respectivamente.
Já as mulheres de 20 a 34 anos que conceberam seis meses após o parto, tiveram um risco de 8,5% de parto prematuro, enquanto as que esperaram 18 meses viram o risco cair em quase 5%.
Os autores dizem que seu trabalho confirma que existem diferentes riscos à saúde para diferentes faixas etárias. Os resultados são especialmente úteis e encorajadores para as mães mais velhas que planejam suas famílias.
No entanto, os pesquisadores reforçam que o maior risco para as mulheres mais jovens está nas gestações não planejadas.
"Se os riscos se devem ao fato de nossos corpos não terem tempo de recuperação ou a fatores associados a gestações não planejadas, como a assistência pré-natal inadequada, a recomendação é a mesma: melhorar o acesso à contracepção pós-parto ou abster-se de relações sexuais desprotegidas com um parceiro masculino após um parto", afirma Sonia Hernandez, uma das cientistas responsáveis pelo artigo.
SIGA O UOL VIVABEM NAS REDES SOCIAIS
Facebook - Instagram - YouTube
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.