O que uma criança até 2 anos deve comer para crescer forte e saudável?
A alimentação infantil começa no leite materno, evolui para as papinhas, até chegar na fase em que a criança passa a comer as mesmas refeições que os adultos. Os primeiros mil dias de vida --que começam a ser computados com o início da gestação e vão até os dois anos de idade -- são importantes porque é nessa fase que os pequenos devem ter uma boa nutrição para evitar mortalidade, obesidade e doenças crônicas. Tanto que a OMS (Organização Mundial da Saúde) lançou em 2013 um documento com diretrizes.
Aos dois anos, o bebê desenvolve o paladar e, aos poucos, começa a pegar gosto por alguns alimentos. Nesta idade, a criança já leva comida à boca, pega a refeição com a mão e adquire as habilidades de movimento que permitem que ela coma sozinha. Por isso é importante elaborar um cardápio colorido, rico em proteínas e cálcio para garantir o desenvolvimento dos ossos e dentes.
Em 2005, a Sociedade Brasileira de Pediatria criou uma pirâmide alimentar que mostra quais alimentos as crianças devem consumir em determinada época da vida. Na base, a dieta é composta por cereais, pães, tubérculos, raízes, frutas, verduras e legumes.
Já os doces, refrigerantes, óleos e gorduras estão no topo, e devem ficar fora do cardápio dos pequenos até, pelo menos, os três anos de idade, pois depois que a criança começa a frequentar a escola é mais difícil impedir totalmente que ela consuma esses alimentos.
Abaixo, o UOL Viva Bem mostra o que colocar para deixar o prato do seu filho mais nutritivo. A lista foi elaborada com ajuda dos profissionais Valéria Goulart, médica nutróloga da Associação Brasileira de Nutrologia; Ana Escobar, pediatra e coordenadora da Disciplina de Pediatria Preventiva e Social do Departamento de Pediatria FMUSP; Teresa Uras, pediatra do Complexo Hospitalar dos Estivadores e Hamilton Robledo, pediatra da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.
Coloque no prato:
Carne, frango e peixe
A proteína de origem de animal tem que estar no almoço ou jantar. Nesta fase da vida, os médicos recomendam pelo menos uma porção de 50 gramas diariamente. As carnes de forma geral oferecem ferro, zinco e aminoácidos. Segundo os especialistas, a carne vermelha apresenta ferro heme, que é absorvido muito mais rápido pelo intestino.
Vegetais verde-escuros
Quanto mais verde, melhor. Esses alimentos contêm ferro, magnésio, betacaroteno, glicosinolato, luteína, sulforano e fibras. Além de terem bons oxidantes, que auxiliam na memória e desenvolvimento cognitivo.
Cereais
As crianças precisam de cinco porções por dia. Esse alimento pode ser inserido no cardápio infantil por meio de mingau, pães, macarrão, quinoa, raízes, entre outros. Eles são ótimos para dar saciedade, energia e são ricos em fibras, que são importantes para ajudar a regular o intestino e no desenvolvimento do bolo fecal.
Feijão
As leguminosas, no geral, e principalmente o feijão apresentam uma alta quantidade de ferro, que é importante para dar força à criança. A combinação com o arroz é rica em aminoácidos, que forma proteínas e ajudam na formação de músculos dos bebês.
Frutas
Limão e laranja são obrigatórios. Ricas em vitamina C, elas absorvem melhor o ferro e ainda previnem gripes e anemia, pois ajudam na absorção do ferro não-heme. Além dessas, invista em frutas da estação, com cascas.
Veja também:
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Melhor evitar
Doces
Os chocolates são uma das guloseimas mais perigosas para os pequenos. O excesso da cafeína e alguns achocolatados em sua composição deixam a criança agitada e isso prejudica a qualidade do sono.
Refrigerantes
A bebida é a grande vilã nesta fase da vida. Os refrigerantes de cor escura possuem muitos aditivos químicos, o que provoca oscilação no humor da criança, além de piorar e aumentar a cárie nos dentes. Além disso, eles são ricos em açúcar adicionado e excessivamente ácidos.
Salgadinhos
Eles não são refeições e tampouco possuem nutrientes. Esses industrializados são ricos em sal, gordura e não dão saciedade às crianças. Além disso, é um alimento que oferece risco de obesidade e outras doenças, devido o excesso de sódio.
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