Em testes: vacina faz intolerante ao glúten ingerir a proteína sem receio
Um novo estudo clínico está testando uma vacina para facilitar a vida de quem tem doença celíaca, uma reação imunológica que causa a intolerância ao glúten, proteína encontrada no trigo, na cevada e no centeio.
O tratamento atual para a doença é não consumir nenhum alimento que contenha glúten, mas imagine a saudade que dá de comer pão, macarrão ou beber cerveja. Pensando nisso, os cientistas estão avaliando o novo método que promete que os pacientes comam glúten com segurança.
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O sistema imunológico de quem sofre com a doença celíaca reage anormalmente ao glúten, danificando o revestimento do intestino delgado e causando sintomas como diarreia, fadiga, gases e inchaço.
A nova vacina se chama Nexvax2 e funciona como um tipo de imunoterapia para reprogramar o sistema imunológico de celíacos e o deixar tolerante ao glúten, permitindo a ingestão da proteína sem os sintomas desagradáveis.
“Mesmo com o aumento da popularidade de alimentos sem glúten, a dieta é difícil de seguir e até mesmo pacientes mais diligentes podem ser expostos inadvertidamente à proteína”, comentaram os pesquisadores do Instituto de Pesquisa Médica Walter e Eliza, em Melbourne, na Austrália.
A vacina funciona de forma semelhante as já existentes que são usadas em pacientes alérgicos. O tratamento consiste em tomar duas injeções por semana em um período de 16 semanas. A medicação é composta por moléculas chamadas peptídeos, que provocam uma resposta imune em pacientes com a doença celíaca.
Em tese, a exposição aos peptídeos ao longo do tempo poderia ajudar a reprogramar as células do sistema imunológico de celíacos, as chamadas células T, para que se tornem tolerantes ao glúten e não desencadeiem mais respostas imunes.
Os cientistas deixam claro que as vacinas são destinadas aos pacientes que carregam um gene do sistema imunológico chamado HLA-DQ2.5, que é encontrado em cerca de 90% das pessoas com a doença.
Nos primeiros testes, a vacina teve resultados seguros e foi tolerada pelos voluntários. Na próxima fase, mais 150 pacientes testarão o método para os pesquisadores avaliarem com maior amostragem as reações ao remédio, criando uma análise mais completa da segurança e eficácia do medicamento. Atualmente, já estão sendo selecionados participantes da Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos para a continuação do trabalho.
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