Estudo revela que próteses de silicone aumentam riscos de complicações
Maior estudo já feito sobre implantes mamários revela que mulheres com próteses de silicone têm risco maior de resultados raros, assim como maior chance de desenvolver câncer de pele ou problemas na gravidez. A pesquisa foi publicada no periódico Annals Surgery em setembro.
Os cientistas da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, analisaram os dados de quase 100 mil pacientes, observadas entre 2007 e 2010. Cerca de 80.000 delas receberam implantes de silicone e o restante, implantes preenchidos com uma solução salina.
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Os resultados mostraram que as mulheres com silicone tinham taxas mais elevadas (de seis a oito vezes maior do que no resto da população) de algumas complicações mais raras, como a síndrome de Sjögren, artrite reumatoide, feto natimorto, melanoma e esclerodermia.
A equipe também descobriu que as pacientes com implantes de silicone podem ter um risco maior de contratura capsular (cicatrização em torno do implante), em comparação com implantes de solução salina.
A cirurgia de próteses mamárias é uma das mais realizadas no Brasil. Os dois implantes mais populares são a solução salina e o gel de silicone. Enquanto a primeira usa um invólucro de silicone preenchido com uma solução salina estéril durante a cirurgia, o implante de silicone usa um invólucro de silicone preenchido com gel de silicone viscoso.
Embora alguns danos raros pareçam ser mais comuns em mulheres com implantes de silicone, "as taxas absolutas desses desfechos foram baixas", concluem os autores do estudo.
"As associações precisam ser analisadas com dados do paciente para fornecer evidências conclusivas. A segurança a longo prazo e os resultados relacionados ao implante devem informar o paciente e o cirurgião na tomada de decisão ao selecionar implantes", dizem eles.
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