Como retomar a rotina após os exageros do feriado?
O último feriado prolongado antes das festas de fim de ano teve um gostinho a mais para alguns municípios que adotaram o Dia da Consciência Negra como folga obrigatória. O problema é que, além do descanso merecido, as miniférias geralmente são regadas a muito álcool e exageros à mesa. Como voltar, então, à rotina depois de passar dias comendo besteira e bebendo?
A má alimentação e o consumo exagerado de bebidas alcoólicas podem atrapalhar o trabalho e causar a sensação de náuseas, indigestão, sonolência, sensibilidade à luz e dor de cabeça.
VEJA TAMBÉM
- O álcool corta o efeito do antibiótico?
- A bebida prejudica o sono ou ajuda a dormir melhor?
- Ingerir bebida alcoólica causa câncer?
Para ajudá-lo a lidar com a volta do feriado, o UOL VivaBem consultou alguns especialistas e listou as melhores táticas para minimizar esses efeitos da curtição sem freios. Veja abaixo algumas delas:
O corpo precisa se hidratar
Graças aos seus efeitos diuréticos, o álcool causa desidratação, além da eliminação de potássio, sódio e outros sais minerais, podendo causar efeitos neuromusculares, como as câimbras. Por isso manter-se hidratado é fundamental para a recuperação, assim como a ingestão de alimentos ricos em potássio: banana, suco de laranja, isotônicos e água de coco são boas opções.
Ressaca curada com comida
Ao ser metabolizado em nosso corpo, o álcool produz uma toxina, o acetaldeído, que pode causar dores de cabeça, náuseas e tontura. Ovo, brócolis, cebola são alguns dos alimentos ricos em cisteína, um aminoácido que ajuda na eliminação de boa parte desta toxina.
O consumo de frutas também é importante para recuperar a energia espoliada pelo álcool: a frutose é fonte de energia rápida para nosso organismo.
Atacou a gastrite?
A gastrite pode ser causada por: uso prolongado de substâncias que irritam a mucosa do estômago, como álcool e cigarro; jejum prolongado, seguido de refeições volumosas, feitas rápido demais; ingestão exagerada de alimentos que retardam o esvaziamento do estômago, como doces e gordura; consumo excessivo de café, condimentos ou bebidas gaseificadas, que distendem o estômago, também causam o problema.
Nestes casos, a simples suspensão do fator desencadeante, como o uso de determinado medicamento ou abuso de álcool, resolve o quadro. Mas o tratamento pode incluir antiácidos (como sais de magnésio e de alumínio) e alginato podem ser usados em casos pontuais (após uma refeição que cause mal-estar). Se os sintomas persistirem após o tratamento rotineiro inicial, como dor de estômago que irradie para as costas, e/ou náuseas e vômitos associados ou não à presença de sangue, procure um especialista.
Esqueça o detox
Nosso corpo tem um sistema complexo preparado para fazer sua própria desintoxicação. As substâncias que ingerimos e são absorvidas pelo trato gastrointestinal passam pelo fígado antes de chegar ao resto do organismo. O órgão é responsável por metabolizar tudo que é bom ou ruim: nutrientes dos alimentos, álcool, medicamentos, drogas. Ele "transforma" as toxinas em subprodutos inofensivos, que são eliminados nas fezes ou na urina.
Realmente, frutas, verduras, legumes, chás, castanhas e outros alimentos naturais são fontes de vitaminas, minerais e fibras, essenciais para o bom funcionamento do organismo. Mas, para o corpo, tanto faz se os nutrientes da couve serão consumidos em um suco ou um prato no almoço. É por isso que a dieta detox não tem sentido. Basta você comer de maneira saudável.
Como voltar aos trilhos
Após cometer tantos exageros, é importante voltar a rotina alimentar normal assim que possível. Mas sem tantas restrições. Vale consumir verduras, frutas e muita água, o que ajuda a hidratar e dar energia ao corpo, além de melhorar a digestão e absorção de nutrientes, acelerando o metabolismo e diminuindo a sensação de mal-estar.
Agora é hora de deixe um pouco os doces de lado e investir nas frutas da estação. E, claro, excluir do cardápio alimentos industrializados e ricos em gorduras trans --essa dica vale para o ano todo.
Fontes: Tomazo Franzini, gastroenterologista e diretor da SOBED (Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva); Bruno Mesquita, nutrólogo e médico do esporte pela Faculdade Universidade Metropolitana de Santos e da Santa Casa Misericórdia de Santos e Celso Cukier, nutrólogo do Hospital São Camilo e mestre em medicina (Cirurgia do Aparelho Digestivo) pela Universidade de São Paulo (USP), consultados em matéria do dia 19/09/2018.
SIGA O UOL VIVABEM NAS REDES SOCIAIS
Facebook - Instagram - YouTube
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.