Planejamento de vida é essencial para geração que viverá até os 100 anos
Viver até os 100 anos pode parecer coisa de filme, mas, de acordo com os especialistas presentes no 13º Fórum da Longevidade da Bradesco Seguros realizado nesta quarta-feira (21), em São Paulo, a longa velhice será comum para as gerações mais jovens.
Mas, assim como os principais desafios da vida, uma terceira idade saudável precisa de preparo. De acordo com Alexandre Kalache, epidemiologista médico especializado no estudo do envelhecimento e mestre pela University of London, existem quatro capitais básicos que precisamos para envelhecer bem. São eles: vital (uma boa saúde), conhecimento (para produzir), social e financeiro. No entanto, de acordo com o especialista, além dos quatro pilares, é essencial que o idoso tenha um plano e um propósito de vida, para que continue querendo realizar suas atividades diárias mesmo após adquirir limitações da idade.
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Ao trabalhar com executivos que planejam suas aposentadorias, Denise Mazzaferro, graduada em Administração de empresas e mestre em Gerontologia pela PUC- SP, notou a mesma necessidade. “Percebo que não ter o que fazer com o tempo livre é um medo constante da população mais velha. Dos idosos, ainda ouço que querem ser úteis como sempre forem e se sentem invisíveis --daí a importância de um projeto de vida mais longo”, explica.
Por outro lado, os brasileiros com mais de 50 anos, que serão a próxima geração de idosos, já mostram planos mais ousados para o futuro. De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva, 52% deles pretendem viajar mais, 38% querem empreender e 20% ainda querem voltar a estudar, mostrando uma mudança gradual de comportamento, que acompanha a necessidade sinalizada pelos especialistas.
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