Com o mesmo sangue: receptora e doador de medula se encontram em Curitiba
Ele, com 24 anos, mora em Londrina, no Paraná, e tem uma saúde de ferro. Ela, com apenas 11 anos, mora em Salvador, na Bahia, há quase dois anos foi diagnosticada com uma doença que para muitos seria uma sentença fatal, pois teria uma sobrevida média de até três anos.
O rapaz é Robson Carlos e a menina se chama Micaela Lorrana e, apesar da distância média de 2,300km, cerca de 30 horas de viagem e de não serem parentes, têm em comum o mesmo sobrenome - Santos, e, agora, o mesmo sangue.
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Muito embora seja uma doença rara, quatro casos em cada 100 mil habitantes, sendo em sua maioria em homens, idosos acima de 70 anos, a menina Micaela, depois de sete anos de investigação, foi diagnosticada com a MSD (Síndrome Mielodisplásica).
A MSD é uma espécie neoplasia (câncer) das células sanguíneas em que há um aumento daquelas que são imaturas, que podem ir para o fígado ou para o baço, e uma produção de células sanguíneas anormais, tendo a possibilidade de se transformar até em uma leucemia.
Quando deu entrada no Hospital de Clínicas da UFPR, em 2017, não tinha certeza de como seria seu futuro. Isso porque é comum nestes casos as pessoas demorarem muitos anos até encontrar um doador de medula, sendo que muitos podem até a não o encontrar. Segundo Robson, “a compatibilidade foi de 100%”. A chance de acontecer isso é muito rara, pois “é de uma em 100 mil para não aparentados”, informou o supervisor-médico e hematologista Samir Kanaan Nabhan, pertencente ao STMO (Serviço de Transplante de Medula Óssea).
O encontro emocionante se deu, primeiramente, de forma reservada, entre os dois – receptora e doador – e, depois, vieram a público de maneira emocionada contar como foi, no ambulatório do STMO.
Com a camiseta com os dizeres “A união traz a cura”, nome da organização não governamental que propiciou o encontro, e ao lado da presidente da instituição Eliete Ferreira, o doador não se conteve de alegria em poder ajudar de uma maneira também efetiva com uma criança que, a partir de então, tem toda a vida pela frente.
Com informações do HC-UFPR.
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