Dança ajudou Paola Antonini a dar baile no baixo astral e superar amputação
A modelo Paola Antonini, 23 anos, nunca foi de ficar parada. Fã de esportes desde criança, ela já praticou ginástica olímpica, tênis, vôlei... E essa paixão pelo movimento foi fundamental para ajudar a mineira a superar o acidente de carro que sofreu em 2014. Em vez de se lamentar por ter que amputar a perna, a jovem usou a dança para dar um baile no baixo astral e inspirar pessoas que também enfrentam grandes desafios.
"Apesar de uma rotina agitada por conta das viagens a trabalho, nunca abro mão de fazer exercícios, não importa onde eu esteja. De todas as atividades esportivas, a que mais me encanta é dançar. Para mim, é vida e um caminho de superação", enfatiza Paola, que dança pop, funk, axé, sempre sorrindo.
Adaptação gradual
Uma motorista embriagada atingiu Paola Antonini quando a modelo colocava as bagagens no porta-malas de seu veículo. A perna da mineira foi esmagada e teve de ser amputada. Após receber alta do hospital, Paola buscou informações sobre prósteses disponíveis para poder voltar logo a praticar esportes, mas isso não aconteceu tão rapidamente.
"Para andar com a prótese, primeiro tive de 'aprender' a me equilibrar e adquirir consciência corporal." O retorno às atividades ocorreu de forma gradual, assim como o trabalho de modelo. "Cada pequeno passo dado era uma grande conquista para mim."
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Uma das grandes diferenças que Paola sentiu com a prótese foi que ela precisou encontrar formas novas de fazer movimentos nos quais o corpo dela já estava habituado. "Tudo é uma questão de adaptação e é muito importante não desistir. Eu danço, corro, malho. É claro que, por não ter mais uma perna, não consigo fazer algumas coisas como antes. Mas vou atrás de soluções e dou um jeito."
Incentivadora do esporte paraolímpico
Após o acidente, Paola Antonini passou a fazer questão de motivar pessoas em situação parecida com a dela a realizarem atividade física. A modelo publica constantemente vídeos e fotos praticando esportes ao lado de outras pessoas com deficiência e acompanha diversas competições. Por causa disso, nas Paraolimpíadas do Rio, em 2016, virou até incentivadora informal da delegação brasileira e foi considerada uma das musas dos Jogos.
"Para mim, é muito importante carregar essa bandeira e chamar atenção para as dificuldades de quem tem alguma deficiência, então tudo o que eu puder fazer e estiver ao meu alcance, eu faço".
Conviver num universo de novos desafios e de superação, como é o do esporte paraolímpico, significa um aprendizado constante na vida de Paola Antonini, que gosta de aprender atividades esportivas novas e testar seu limites.
"Conheço muitas pessoas que descobriram no esporte uma nova vida mesmo, e acho isso ótimo. Estar em movimento nos fortalece fisicamente e mentalmente, nos torna mais felizes. Deficientes ou não, todos precisam buscar uma atividade que faça se sentir bem, que complete", finaliza.
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