Seis exames médicos que você deve fazer antes de começar a treinar
Se você é do tipo que só vai ao médico quando se sente mal, é hora de rever essa mentalidade. Principalmente se estiver pensando em iniciar (ou já tiver começado) uma rotina de atividade física. Passar por uma avaliação médica antes de dar o start na malhação é simples e pode, literalmente, salvar sua vida.
O cardiologista, clínico geral ou médico do esporte vai fazer e pedir exames para saber se você tem alguma restrição para praticar esportes e não possui um problema de saúde "silencioso", que pode se manifestar durante o exercício, como doenças do coração, diabetes e pressão alta. As informações obtidas nas análises ainda são importantes para determinar a frequência e a intensidade de exercício mais indicadas para você. Exames específicos podem ser solicitados de acordo com a avaliação do profissional.
O ideal é que esse check-up seja feito antes de começar a treinar e repetido ao menos uma vez por ano, independentemente do seu estilo de vida. A seguir, veja os exames mais indicados.
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Exames para começar a treinar
Glicemia em jejum: mede a quantidade de açúcar presente no sangue, apontando se há hipoglicemia (quando o nível está baixo) ou hiperglicemia (se está alto). Os dois quadros podem estar associados ao diabetes --por isso a importância do teste.
Colesterol total e frações: avalia a quantidade de colesterol e seus subtipos. O teste também pode medir o nível de triglicérides, um outro tipo de gordura. O resultado serve para mensurar o risco de entupimentos das artérias e doenças cardiovasculares causadas por níveis desequilibrados de gordura no sangue.
Caso o indivíduo tenha alguma grande alteração nesses indicadores e não tome os devidos cuidados ao treinar, há risco de sofrer picos de pressão alta e ter complicações como insuficiência cardíaca e infarto.
T3, T4 livre e TSH: são específicos para acompanhar a saúde da tireoide. Quando ela está em desequilíbrio, pode causar hipotireoidismo (queda na produção hormonal) ou hipertireoidismo (produção elevada). Níveis elevados de hormônio da tireoide podem levar a arritmia cardíaca, aumento de temperatura corporal e destruição muscular com lesão renal, o que pode ser intensificado com o exercício. Pessoas com índices baixos não toleram muito bem o exercício e podem ter mais dores musculares e articulares.
Eletrocardiograma (ECG): identifica alterações no ritmo cardíaco. Deitado, o paciente recebe eletrodos colocados no tórax, punhos e tornozelos que captam a velocidade e o número de batimentos do coração. O aparelho imprime gráficos capazes de diagnosticar se há arritmia, sopro, inflamação das paredes do coração e até risco de infarto.
Ecocardiograma: é uma espécie de ultrassom do coração, que capta alterações --das grosseiras às mais sutis -- na estrutura do órgão. Por exemplo: algum tipo de deformação ou presença de tumor ou cisto. Mostra a espessura dos músculos cardíacos, o funcionamento das válvulas, o tamanho das cavidades, a capacidade e o fluxo sanguíneo. Esse exame também é chamado de ecocardiografia e há diversos tipos: unidimensional, bidimensional e com doppler, que são solicitados pelo médico de acordo com a necessidade.
Teste ergométrico: é feito na esteira. Você corre com eletrodos que estão ligados a um equipamento que informa sobre como seu corpo reage ao esforço. Avalia o ritmo do coração durante o exercício, o panorama da capacidade física por meio da frequência cardíaca (o que dá uma noção do limite de condicionamento) e a pressão arterial. Todos esses parâmetros podem, ainda, ajudar a identificar um problema chamado isquemia miocárdica, que ocorre quando há um desequilíbrio na oferta de oxigênio para o coração e para o sangue.
Fontes: César Jardim, médico cardiologista responsável pelo Clinic Check-up HCor, do Hospital do Coração, em São Paulo; e Caio Senise, médico do esporte da clínica CareClub, em São Paulo, e médico do centro de formação de atletas do Palmeiras.
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