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Alzheimer deveria ser dividido em seis diferentes subgrupos, diz estudo

O cérebro de alguém com Alzheimer (à esquerda) comparado ao de alguém sem a doença (à direita) - Science Photo Library
O cérebro de alguém com Alzheimer (à esquerda) comparado ao de alguém sem a doença (à direita) Imagem: Science Photo Library

Do UOL VivaBem, em São Paulo

07/12/2018 11h50

Cientistas da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, analisaram pacientes com Alzheimer e encontraram diferenças suficientes para dividirem a doença em seis tipos diferentes. De acordo com os pesquisadores, a descoberta pode fazer com que tratamentos específicos para cada grupo sejam aplicados, tornando-os mais eficazes.

Publicado no periódico Molecular Psychiatry na terça-feira (4), o estudo observou pouco mais de 4 mil pacientes com Alzheimer. Os voluntários foram divididos em seis grupos, com base no desempenho cognitivo no momento do diagnóstico.

    Pontuações cognitivas foram divididas em quatro áreas: memória, funcionamento executivo, linguagem e funcionamento visuoespacial. Os pacientes que foram incluídos no maior dos seis grupos (39% dos participantes) tiveram pontuações relativamente próximas em todas as quatro áreas. Aqueles do segundo maior grupo (27% dos pacientes) tiveram escores de memória substancialmente inferiores.

    Três dos outros grupos puderam ser identificados por baixos escores de linguagem, de funcionamento visuespaciais ou baixo funcionamento executivo em comparação com as outras categorias. O grupo final, que continha 6% dos pacientes, teve escores mais baixos em duas das quatro áreas cognitivas.

    Os cientistas ainda analisaram os grupos para encontrar variações genéticas entre eles que poderiam ajudar a explicar os padrões de pontuação. Um total de 33 SNPs, ou locais específicos do genoma, foram encontrados para ter fortes associações genéticas com certos subgrupos. Até hoje, apenas 20 SNPs são vinculados à doença de Alzheimer como um todo (sem quaisquer subgrupos).

    Os próprios pesquisadores afirmam que esse é apenas o começo sobre como podemos dividir a doença de Alzheimer em mais tipos. No entanto, os resultados são um passo importante para encontrar maneiras mais precisas de detectar um tratamento mais eficaz e, quem sabe, um dia chegar à cura.

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