Cocô 'macio'! O ingrediente da banana que ajuda quem sofre com o nº 2

Bananas descartadas podem ser reaproveitadas para a extração de componentes que trazem benefícios à saúde, especialmente para quem tem prisão de ventre. É o que mostra um estudo conduzido pela escola de Engenharia de Alimentos da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.

Os PNAs, polissacarídeos não-amiláceos, presentes na fruta foram obtidos pela pesquisadora colombiana Lina Maria Rayo Mendez e podem auxiliar pessoas que tem dificuldades de ir ao banheiro.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aproximadamente 40% da produção nacional é rejeitada e descartada após a colheita. A proposta é que esse montante seja reaproveitado para a obtenção dos PNAs e que sua transformação em um pó, por exemplo, o torne passível de utilização em outros alimentos como um adicional.

Como atuam os PNAs?

Mendez explica que os PNAs são carboidratos que concentram um grande número de moléculas unidas - ou seja, possuem um alto grau de polimerização - não-pertencentes à categoria dos amidos.

A engenheira ressalta ainda que seus benefícios à saúde humana se dão por sua semelhança com as fibras alimentares. Os PNAs encontrados na banana são parecidos com aqueles presentes na aveia e em outros cereais e podem auxiliar pessoas que sofrem de constipação.

Por serem similares a essa fibra, eles têm ação probiótica no corpo humano: não são digeridos no intestino delgado, porém são fermentados no intestino grosso e promovem a evacuação mais rápida e maciez do bolo fecal.

Ainda sobre os componentes encontrados na banana, existem outras possibilidades a serem aproveitadas: a banana tem arabinoxilanos e galacturanos, outros dois tipos de polissacarídeos, com potencial imunomodulador. Ou seja, melhorar o sistema imunológico (de defesa) do corpo humano.

Na pesquisa, orientada pela professora Carmen Cecília Tadini, a banana foi escolhida por ser uma fruta com alto índice de desperdício.

Continua após a publicidade

Fontes:

  • Lina Maria Rayo Mendez, pesquisadora colombiana
*Com matéria publicada em 09/12/2018

Deixe seu comentário

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.