Estudo revela célula do cérebro que deixa Alzheimer se desenvolver
Cientistas da Ohio State University, nos Estados Unidos, descobriram que neurônios excitatórios são mais vulneráveis ao acúmulo da proteína tau, relacionada ao Alzheimer. A descoberta, publicada na segunda-feira (17) no periódico Nature Neuroscience, tem o potencial de um dia levar ao tratamento direcionado da doença.
A tau desempenha um papel importante na atividade neurológica normal e saudável. Mas quando se acumula nos neurônios no início da progressão da doença de Alzheimer, entope e mata essas células. Com base nesse dado, os pesquisadores analisaram o local do cérebro onde essas proteínas começaram a crescer e descobriram que neurônios responsáveis por uma ação, chamados de excitatórios, são mais vulneráveis a acúmulos da tau, ao invés dos inibidores, que são menos propensos a solicitar atividade neural.
Em seguida, usando a análise genética dos cérebros de doadores que não têm Alzheimer ou outros distúrbios neurológicas, a equipe encontrou diferenças significativas entre os neurônios excitatórios e outras células, o que parecia explicar sua susceptibilidade à proteína tau. Um dos genes "regulador mestre", por exemplo, é o BAG3, responsável pela depuração da proteína tau anormal.
"Isso pode explicar por que somente certos neurônios e regiões do cérebro são vulneráveis a este problema no início do Alzheimer", diz Hongjun Fu, coautor do estudo. Segundo ele, se estudos futuros puderem descobrir os determinantes moleculares subjacentes à doença, técnicas de detecção precoce e tratamento direcionado poderão ser desenvolvidas.
O intuito agora é entender como os genes interagem entre si e contribuem para a vulnerabilidade ao acúmulo de tau.
"Fatores ambientais, danos cerebrais, diabetes, privação de sono, depressão e outros fatores também têm sido associados ao aumento da vulnerabilidade à doença de Alzheimer. Queremos entender como as diferenças intrínsecas interagem com essas influências externas", conclui ele.
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