Barbara Borges revela problema com álcool; como saber o limite com a bebida
Nesta segunda-feira (7), a atriz Bárbara Borges publicou no Instagram um desabafo sobre seu problema com bebidas alcoólicas. "A relação que tinha com o álcool, que foi evoluindo para exageros, não 'dá mais match', não é mais compatível com a Bárbara de agora. [...] essa relação foi desenvolvida muito além do hábito social de 'tomar uma cervejinha', 'beber um vinhozinho' para enturmar e sim para tentar preencher vazio, para esquecer dores do coração, para anestesiar, para não sentir", diz o texto da atriz.
Não é possível generalizar, cada caso é um caso, mas não são raros os contextos em que pessoas consomem álcool como uma forma de "tratar" ou maquiar problemas psicológicos como ansiedade, angústia, depressão ou timidez excessiva.
"Não é que todo mundo que bebe tem um transtorno mental, mas o uso nocivo de álcool pode estar relacionado a tentativa de esconder um problema que aquele indivíduo não sabe lidar", afirma Mario Louzã, psiquiatra do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP (Universidade de São Paulo).
E tudo acontece porque o álcool nos altera e pode gerar uma sensação prazerosa. Ao ficar bêbado, quem está passando por uma dificuldade e tem muitas dores pode alcançar sensações de alívio, afastamento e prazer, o álcool aparece como tentativa de solucionar a crise. "E é natural do organismo buscar prazer. Se você associa o álcool a uma melhora, uma conquista, a ficar mais alegre e menos tenso, passa a recorrer a ele com maior frequência para fugir da situação ruim", explica Louzã. (Veja aqui 8 efeitos do álcool no corpo).
Mas não podemos confundir bebida com felicidade. Buscar soluções no fundo do copo é uma tentativa fadada ao insucesso que pode até dar mais problemas do que você tinha no início. Ao tentar aliviar a angústia, a tristeza e o vazio, a pessoa passa do limite e pode somar problemas como acidentes por dirigir embriagado, desentendimento com amigos e familiares, perda de um dinheiro e até doenças por conta do uso exagerado.
Para deixar claro, segundo o NIAAA (Instituto Nacional de Abuso de Álcool e Alcoolismo, em sigla em inglês), para evitar problemas com álcool o consumo não deve ultrapassar mais que três doses para homens e duas para mulheres por dia, e mais que 14 doses para homens e sete para mulheres por semana. São consideradas doses padrão cerca de 14 g de álcool puro, o equivalente a uma lata de cerveja, uma taça de vinho ou uma dose de destilado.
De acordo com Arthur Guerra, psiquiatra especialista em dependência química e presidente executivo do CISA (Centro de Informações sobre Saúde e Álcool), a dependência de álcool é definida pela OMS (Organização Mundial da Saúde (OMS) como um conjunto de fenômenos comportamentais, cognitivos e fisiológicos que se desenvolvem após o uso repetido de álcool, tipicamente associado aos seguintes sintomas como: forte desejo de beber, não conseguir parar de beber depois de ter começado, uso continuado apesar das consequências negativas, maior prioridade dada ao uso da substância em detrimento de outras atividades e obrigações, aumento da tolerância e por vezes um estado de abstinência física (que traz sintomas como sudorese, tremores e ansiedade quando a pessoa está sem o álcool).
E o que fazer quando o álcool se torna excessivo?
A alternativa mais saudável é procurar um médico quando notar que o uso está contínuo e exagerado, e que a bebida alcoólica deixou de ser um pequeno prazer que você degusta e passou a ser uma ferramenta para forçar um estado de embriaguez que resulta em descontrole ou anestesia. Outro alerta, talvez mais evidente, é quando a bebedeira afeta a rotina e atrapalha trabalho, sono, convivência.
Porém, como Barbara disse em seu texto, assumir que se tem um problema realmente é uma luta. "Foi difícil enxergar isso [a relação abusiva com o álcool]? Fooooooi! Uma luta! Uma luta real, comigo mesma! [...]4 meses sem álcool. Amar e sentir sem amortecedores, sem a sensação de entorpecimento fazem parte dessa nova jornada", postou a atriz.
É muito desafiador fazer esse mea-culpa e notar que chegou no limite. "Normalmente, a pessoa diz que consegue parar quando quiser, que não é viciada, que não tem um problema...Mas é preciso fazer o trabalho de reconhecer o uso errado e abusivo, ouvir os familiares e amigos e buscar um profissional para descobrir de onde vem a dor e parar de usar esse mecanismo de negação da realidade", aconselha Louzã.
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