Novo estudo sugere que sofrimento psicológico aumenta risco de demência
Uma nova pesquisa, publicada no periódico Journal of Alzheimer's Disease, revelou que o sofrimento psicológico pode ser um fator de risco para a demência.
O sofrimento psicológico engloba diversos problemas já conhecidos, como ansiedade, depressão, irritabilidade, reações a estressores externos da vida cotidiana e o esgotamento vital (EV). A exaustão vital tem sintomas como sensação de fadiga incomum, aumento da irritabilidade e desmoralização. Geralmente, a EV é desenvolvida como uma resposta a problemas insolúveis na vida do indivíduo, em particular quando ele é incapaz de se adaptar à exposição prolongada a estressores.
Experimentar qualquer um desses sintomas em períodos específicos durante a vida pode afetar a saúde cognitiva. Isso porque, quando a resposta fisiológica ao estresse é desencadeada, a atividade do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal promove uma produção excessiva de cortisol, o que potencialmente levar a danos no hipocampo e afetar a função cognitiva.
Estudos anteriores já haviam relacionado o esgotamento vital à doença cardiovascular, síndrome metabólica, contagem plaquetária elevada, mortalidade, doença pulmonar obstrutiva crônica, ganho de peso e risco de obesidade. Agora, o novo estudo mostrou que o EV, especificamente, tem um papel ainda maior no aumento do fator de risco para a demência.
Os pesquisadores do Departamento de Saúde Pública da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, analisaram dados de 6.807 pessoas, que responderam a perguntas sobre exaustão vital entre 1991 e 1994. No momento da pesquisa, os participantes tinham em média 60 anos. As informações foram vinculadas a registros hospitalares, de mortalidade e prescrição nacionais, a fim de identificar casos de demência. Os participantes foram acompanhados até o final de 2016.
Durante a pesquisa, 872 participantes foram registrados com demência. "Encontramos uma relação entre o número de sintomas de EV e a incidência de demência", concluíram os autores. Para cada sintoma adicional da EV, a incidência de demência aumentou em 2%. Os participantes que relataram cinco a nove sintomas tiveram um risco 25% maior de demência do que aqueles sem sintomas, enquanto aqueles que relataram 10 a 17 os sintomas tiveram um risco 40% maior de demência em comparação com a ausência de sintomas.
"Nós estávamos particularmente preocupados se os sintomas de exaustão vital seriam um sinal precoce de demência. No entanto, encontramos uma associação da mesma magnitude, mesmo quando separamos a notificação de esgotamento vital e os diagnósticos de demência com até 20 anos", diz Sabrina Islamoska, estudante do Departamento de Saúde Pública da universidade.
De acordo com os pesquisadores, os resultados ressaltam a importância de identificar e considerar indicadores de sofrimento psíquico na prevenção de doença tardia. Como este é o primeiro estudo sobre EV e demência, pesquisas mais longitudinais e interdisciplinares são necessárias para entender o mecanismo entre sofrimento psíquico em geral, EV mais especificamente, e doenças neurológicas como demência.
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