Você sabe quais alimentos são embutidos?
Você já deve ter ouvido falar que os alimentos embutidos estão relacionados com uma série de doenças e devem ser evitados no dia a dia, mas e para saber o que entra nessa classificação ou não? Presunto cru é? E o peito de peru?
Os alimentos embutidos são produzidos a partir da carne de bovinos, suínos, caprinos, ovinos, equinos, de aves, peixes e frutos do mar, além das vísceras e até sangue dos animais. O principal ponto é que esses elementos são triturados, homogeneizados e embutidos sob pressão ou acondicionados em tripas naturais ou artificiais, utilizadas para protegê-los das influências externas, ao mesmo tempo que lhes dá forma e estabilidade.
Hoje, os embutidos recebem adição de corantes, aditivos químicos (como nitratos e nitritos, para manter a cor vibrante), sal, açúcar e temperos artificiais, além de muitas vezes serem compostos por partes do animal pouco nutritivas e que seriam descartadas.
Quais alimentos são embutidos?
A lista é um pouquinho grande e pode até surpreender:
- Linguiça;
- Presunto cozido;
- Salame;
- Salsicha;
- Apresuntado;
- Peito de peru;
- Blanquet de peru;
- Mortadela;
- Copa;
- Salsichão;
- Lombo canadense;
- Morcela;
- Paio;
- Alguns rosbifes industrializados;
- Carne enlatada;
- Nuggets industrializado;
- Steaks industrializado;
- Hambúrguer industrializado;
- Iscas ou tiras de frango empanadas industrializadas.
Eles são alimentos ultraprocessados, que perdem sua característica original, para chegar a forma e consistência diferentes. Porém, é importante ressaltar que eles são considerados embutidos apenas quando são industrializados. Um nuggets caseiro, por exemplo, não pode entrar nessa classificação.
No caso do peito de peru, por ser culturalmente associado às dietas, é visto por muitos como um alimento mais saudável e natural, e não é bem por aí. Afinal de contas, o produto também é processado e possui muitos aditivos químicos.
Surpresas positivas
Já outros itens, que para muitas pessoas são considerados como embutidos, na verdade não entram nessa classificação, como o bacon (isso mesmo!), a carne seca e o queijo. Os dois primeiros são confundidos, pois também são carnes processadas, mas passam apenas por procedimentos semelhantes aos embutidos na parte de conservação e de aditivos químicos. No caso do bacon, existe mais uma justificativa para que ele não seja classificado como alimento embutido: é feito de partes não trituradas do porco, como barriga e lombo.
O queijo, por ser um frio como o presunto e o peito de peru, acaba sendo considerado um alimento embutido, mas não é, pois não são feitos de carne de animais. Vale lembrar, no entanto, que alguns tipos de queijo possuem mais conservantes do que outros. Neste caso, o mais importante é consumir aqueles que tenham baixo teor de sódio.
Os riscos do consumo
Os embutidos têm uma química completamente desconhecida para o nosso organismo, por isso é considerada prejudicial à saúde. Por exemplo, o conservador nitrito de sódio se transforma em nitrosamina no estômago e pode ser cancerígena se consumida de forma contínua. Sem esquecer da gordura saturada e do sódio em excesso, que podem levar ao aumento das taxas de colesterol, à retenção de líquidos e ao risco de doenças cardiovasculares, como a hipertensão.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) emitiu um comunicado afirmando que o consumo excessivo de embutidos aumenta o risco de desenvolvimento de alguns tipos de câncer, especialmente o câncer colorretal. O relatório concluiu que 50 g desse tipo de alimento consumido diariamente, o que equivale a 4 fatias de presunto ou 1 unidade de salsicha, aumentam em 18% a chance de desenvolver câncer.
Outro estudo da Universidade de Glasgow, na Escócia, e publicado no European Journal of Cancer apontou que a ingestão de 9 g de alimentos embutidos por dia (1 fatia de mortadela tem 13 g) aumenta em 21% as chances das mulheres desenvolverem câncer de mama.
Consumo consciente
Diante desse alerta da OMS, menos de 50 g por dia seria uma quantidade que não traria riscos à saúde, porém, o consumo deve ser evitado, devido aos aditivos químicos, gordura saturada, sódio e alto teor de calorias.
O segredo é simples: quanto menos processado melhor. Uma boa alimentação está relacionada a alimentos pouco processados, como legumes, frutas e salada fresca, consumo de gorduras saudáveis (nozes, abacate e azeite de oliva) e uma composição de dieta baseada nos macronutrientes: carboidratos, gorduras e proteínas.
Fontes: Rosana Farah Toimil, nutricionista, doutora em endocrinologia pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), professora na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo e membro da Sban (Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição); Renato Zilli, endocrinologista do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo; Weruska Barrios, nutricionista da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo; Juliana Vieira Meireles, nutricionista clínica do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo; Jacqueline Anversa, nutricionista da Clínica Dra. Maria Fernanda Barca, em São Paulo e associada ao Instituto Brasileiro de Nutrição Funcional; Luna Azevedo, nutricionista pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e fundadora da Clínica Nutrindo Ideais.
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