Deborah Secco apaga tatuagens e fará outras; como remover desenhos da pele?

A atriz Deborah Secco revelou nesta segunda-feira (05) que está removendo as sete tatuagens que tem no corpo. Em entrevista ao jornal O Globo, a artista disse que pretende fazer novos desenhos nos mesmos lugares. Além disso, quer escrever o nome da filha, Maria Flor. "Ator não pode ter muitas (tatuagens) por causa do trabalho. Abri espaço para reformular", explicou. 

Assim como a atriz, muitas pessoas já se arrependeram ou resolveram mudar os "rabiscos" pelo corpo. Uma opção é retirar o desenho com laser. Segundo a dermatologista Adriana Vilarinho, colunista do UOL VivaBem*, ao receber os raios emitidos, a tinta se desintegra em partículas menores que aos poucos são absorvidas pelo organismo. 

Embora o processo pareça simples, necessita de alguns cuidados e cada caso deve ser avaliado individualmente. Fatores como pigmento, profundidade e quantidade de tinta usados na pele influenciam no processo de remoção. Por isso, nem sempre é possível apagar 100% uma tatuagem.

"Existem tatuagens que são mais difíceis de remover. Nesses casos, se a pessoa que mudar o desenho, o recomendado é fazer o novo por cima do antigo mesmo. Isso facilita o processo", ressalta Caio Lamunier, dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia e do Hospital das Clínicas de São Paulo. 

A cor da tinta importa?

Sim, segundo Vilarinho, nas tintas pretas o processo de remoção é mais fácil, independentemente do laser utilizado, enquanto as cores vermelhas e azuis respondem melhor a um tipo específico de laser --o de onda de 532nm e de 755nm, respectivamente. Já o amarelo e o laranja costumam ser mais "chatas" para a remover.

Além da cor, na hora de optar pela remoção, deve-se levar em consideração quais partes do corpo são mais fáceis para retirar os desenhos. Extremidades, como braços, pés e mãos, têm uma resposta mais lenta ao tratamento. 

Queloide influencia?

Se um paciente tem histórico de queloide no organismo, precisa se atentar à retirada. Algumas pessoas podem apresentar cicatrizes hipertróficas em locais de aplicação de laser. Por isso é indispensável uma avaliação com um dermatologista, que avaliará riscos e contraindicações do tratamento. Doenças como vitiligo, psoríase e algumas doenças autoimunes também podem ter contraindicações para a retirada das tatuagens a laser. 

*As informações foram publicadas em coluna do dia 02/07/2018. 

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