Seis fatores que podem diminuir o apetite sexual do homem
Existem momentos em que o desejo sexual não surge e isso é extremamente natural. O problema é quando isso passa a acontecer sempre. Nesse caso, é preciso investigar para entender quais os fatores internos ou externos que estão influenciando na queda da libido.
A seguir, você confere seis casos que contribuem com a falta de vontade de transar.
1. Problemas hormonais
A testosterona, a prolactina e o hormônio tireoidiano são as substâncias que, quando em níveis irregulares no organismo, podem influenciar a libido do homem. Porém, entre as três, a testosterona é que requer maior atenção, afinal de contas, ela é o principal hormônio masculino.
Quando o hormônio apresenta quantidades abaixo do normal (entre 300 a 900 nanogramas por decilitro de sangue), ocorre uma menor ativação dos receptores no cérebro que são responsáveis pela ativação da libido, fazendo com que o desejo sexual diminua.
Quais as causas? Problemas hormonais podem estar relacionados ao envelhecimento natural do organismo --que é o mais comum --, a algum tipo de tratamento ou remédio que inibe a produção de testosterona (entre eles radioterapia e quimioterapia). A obesidade também pode gerar uma alteração e até mesmo alguma cirurgia.
2. Falta de potência
Homens com problemas de ereção podem se sentir frustrados e desmotivados a se envolver em relações sexuais. Isso tende a ser comum quando o indivíduo passa por experiências negativas em que não consegue ter bom desempenho sexual. O medo de falhar e repetir o ocorrido assusta muito os homens, que podem passar a evitar a atividade sexual e, por consequência, diminuir sua libido.
A dificuldade em ter ou manter a ereção por um período mais prolongado pode ter causas psicológicas (estresse, ansiedade) ou orgânicas, como doenças ou hábitos que levam à dificuldade de vascularização e irrigação do sangue no pênis para fazer a ereção --diabetes, hipertensão, algumas doenças neurológicas, sedentarismo, tabagismo etc.
Existem vários tipos de tratamentos para a perda de potência e disfunção, mas o primeiro passo e fazer uma avaliação clínica e psicológica para saber se está tudo bem com a saúde física e mental.
3. Depressão
Além da doença contribuir com a disfunção erétil, os remédios usados para combater a depressão também podem prejudicar a libido. Isso porque alguns medicamentos inibem o Sistema Nervoso Central (SNC), alteram os níveis hormonais e provocam a falta de desejo sexual.
Sem esquecer que a depressão faz as pessoas perderem a capacidade de sentir prazer em atividades que normalmente lhes agradavam, é a chamada anedonia. O tesão no sexo, muitas vezes, diminui bastante --alguns homens chegam a fazer sexo por horas sem conseguir gozar, o que pode prejudicar a vontade de transar.
Caso a queda da libido esteja relacionada à depressão, é preciso tratar a doença com remédios e terapia. Quando a causa é medicamentosa, os profissionais procuram por antidepressivos com menos efeitos colaterais.
4. Estresse
Quando o corpo passa por situações de nervosismo extremo, ocorre o aumento do cortisol e da adrenalina. Esses dois hormônios, principalmente o segundo, afetam o sistema límbico, que produz a serotonina, neurotransmissor da alegria e do prazer, o que pode levar à redução do desejo sexual. Além disso, o estresse pode provocar a queda no nível de testosterona.
Para tentar resolver esse problema é preciso, em primeiro lugar, encontrar o gatilho do estresse, e a partir de então tentar evitá-lo. Técnicas de respiração, meditação e ioga ajudam a reduzir a tensão do dia a dia. Praticar atividades físicas, evitar rotinas estressantes e ter um hobby também contribui.
5. Medicamentos
Não são somente os antidepressivos que podem acabar com a libido do homem, algumas medicações utilizadas para o tratamento da hipertensão arterial e úlceras também. Essas drogas afetam os principais receptores da serotonina, diminuindo drasticamente o prazer e o interesse sexual. Até mesmo medicamentos comuns no dia a dia e sem prescrição, como o ibuprofeno, podem prejudicar a potência sexual e, consequentemente, afetar o desejo do homem.
Nesses casos, a principal forma de tratamento é a mudança dos remédios e, se necessário, reposição hormonal. Claro que essa substituição deve ser feita pelo médico.
6. Bebida alcoólica
O consumo excessivo de álcool pode, momentaneamente, diminuir a libido e o desempenho sexual, já que influencia na liberação de hormônios, como a serotonina, progesterona e testosterona, que alteram o fluxo sanguíneo, prejudicando a ereção e a ejaculação.
Em longo prazo, o consumo continuado causa disfunção erétil e aumenta os riscos do homem desenvolver depressão, o que também reduz a vontade de transar.
Não existe um nível seguro de consumo de álcool para o organismo e a OMS (Organização Mundial da Saúde) diz que a ingestão de bebidas deve se limitar a, no máximo, duas doses por dia, e nunca mais de cinco vezes por semana --como dose entenda uma lata de cerveja, uma taça de vinho ou um copo de destilado.
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Fontes: Alex Meller, urologista da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e membro do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein; Cristiano Almeida, urologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo); Cristóvão Barbosa Neto, urologista do Grupo São Cristóvão Saúde, em São Paulo; Emilio Sebe Filho, urologista pela Unifesp e diretor médico da clínica Lifemen, em São Paulo; Guilherme Wood, urologista pela USP, especialista em reprodução humana na Huntington Medicina Reprodutiva e colaborador do Centro de Reprodução Humana do HC, em São Paulo; Paulo Egydio, urologista pelo Hospital das Clínicas com especialização na Mayo Clinic e na Cleveland Clinic Foundation.
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