Nova ferramenta prevê recorrência de pedras nos rins
Condição comum, com cerca de 150 mil casos por ano no Brasil, a litíase renal, também conhecida como pedras nos rins, causa doloroso desconforto para os pacientes, que podem apresentar a condição uma única vez na vida, ou de forma recorrente.
Buscando a possibilidade de evitar novos casos para pessoas que já sofreram com o quadro, pesquisadores da Mayo Clinic, nos Estados Unidos, desenvolveram, a partir de pesquisa científica, uma ferramenta que prevê as chances da volta do problema.
Os resultados do estudo, publicado no periódico científico Mayo Clinic Proceedings analisou dados de 3.364 "formadores de cálculos renais crônicos" de uma pequena cidade do Minnesota entre os anos de 1984 a 2017. Durante os 33 anos de acompanhamento, houve 4.951 episódios de pedras nos rins.
Para criar a ferramenta, que funcionará como uma espécie de calculadora e ainda não foi disponibilizada ao grande público, os cientistas consideraram dados já conhecidos como a maior incidência do quadro em homens, pessoas jovens e com um índice de massa corporal (IMC) mais alto.
Eles também investigaram o histórico familiar de cálculos renais e analisaram padrões no tamanho e localização das pedras. Descobriu-se, por exemplo, que as pessoas cujas pedras apareciam em uma região do rim chamada de pólo inferior eram mais propensas a apresentar a recorrência do quadro.
Além disso, os pesquisadores concluíram que os indivíduos cujas pedras nos rins tinham um diâmetro entre 3 a 6 milímetros tinham um risco maior de apresentar novos episódios do que aqueles cujas pedras eram menores ou maiores do que isso.
A mesma equipe já havia criado uma primeira versão que ajudava a prever a probabilidade de futuros cálculos renais usando 11 fatores. No entanto, eles descobriram que isso não funciona particularmente bem para pessoas que já passaram por duas ou mais ocorrências.
Com mais informações do que a ferramenta anterior, os cientistas acreditam que conseguirão ajudar a indentificar as pessoas que estão em alto risco de desenvolver o problema novamente, para que elas possam tomar medidas preventivas e evitar quadros futuros.
Como diminuir as chances de ter doenças renais
De acordo com diretrizes da OMS (Organização Mundial de Saúde) e da OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde), há maneiras simples de reduzir o risco de desenvolver doenças renais:
• Mantenha-se em forma e ativo
O cuidado com a forma física ajuda a reduzir a pressão sanguínea e reduz o risco das doenças.
• Monitore sua pressão sanguínea
Além de AVC (Acidente Vascular Cerebral) e ataques cardíacos, a pressão sanguínea elevada pode causar dano renal.
• Opte por uma alimentação saudável, reduza o consumo de sal e mantenha seu peso controlado
Estas medidas podem prevenir diabetes, doenças cardíacas e outras afecções associadas com as doenças renais. Evite alimentos industrializados e prefira sempre ingredientes frescos;
• Beba bastante água
Em geral, recomenda-se beber 1,5 a 2l de água diariamente para eliminar sódio, ureia e toxinas do corpo, resultando em menor risco significativo de desenvolver doenças e de redução da função renal,
• Não fume
O hábito de fumar diminui o fluxo de sangue para os rins, e quando isso ocorre, a função renal é prejudicada. Além disso, o hábito de fumar aumenta o risco de câncer renal em 50%;
• Não consuma medicamentos sem prescrição médica
Drogas como anti-inflamatórios e analgésicos podem comprometer a função renal se consumidos regularmente.
• Cheque sua função renal regularmente
Se você possui um ou mais fatores de alto risco, tais como diabetes, hipertensão, obesidade, possui familiares com histórico de doença renal, ou se for de origem africana, asiática ou aborígene.
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