Brasil tem 2º caso de febre do Nilo Ocidental na história; entenda a doença
Foi confirmado, na última quinta-feira (14), o segundo caso de febre do Nilo Ocidental da história do Brasil, segundo informações do Ministério da Saúde. O caso, que foi notificado em 2017, só apresentou laudos conclusivos em janeiro deste ano.
Ambas as ocorrências --a primeira registrado em 2014 -- ocorreram no Piauí, na região de Picos, cerca de 300km de Teresina.
A doença é uma infecção viral causada por mosquitos infectados, principalmente do gênero Culex. Seu principal fator de risco é viver em áreas rurais e silvestres que contenham o pernilongo infectado. Em casos mais raros, a transmissão pode ocorrer por transfusão sanguínea, transplante de órgãos, aleitamento materno e transmissão transplacentária.
Sintomas da Febre do Nilo Ocidental
De acordo com o Ministério as Saúde, dependendo da gravidade do quadro, os sintomas podem não aparecer. Estima-se que apenas 20% dos indivíduos infectados pelo vírus desenvolvam sintomas leves, entre 3 e 14 dias após a picada. A forma leve da doença caracteriza-se pelos seguintes sinais:
- febre aguda de início abrupto, frequentemente acompanhada de mal-estar
- perda de peso excessiva
- náusea
- vômito
- dor nos olhos
- dor de cabeça
- dor muscular
- exantema máculo-papular e linfoadenopatia
Não é comum que a doença mate --os óbitos acontecem em casos raríssimos, com falta de tratamento adequado. As formas mais graves ocorrem com maior frequência em indivíduos com idade superior a 50, mas em geral, são atípicas. Apenas em cada 150 infectados desenvolve doenças neurológicas severas como meningite, encefalite e poliomielite.
Em menos de 1% das pessoas infectadas, o vírus causa uma infecção neurológica grave, incluindo inflamação do cérebro (encefalite) e das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal (meningite). A Síndrome de Guillain-Barré também pode aparecer, assim como em outros tipos de infecção.
Tratamento
Não existe vacina ou tratamento antiviral específico para a Febre do Nilo Ocidental. Após confirmado o diagnóstico por meio de exames, inicia-se o tratamento para redução da febre e outros sintomas. Para casos leves, analgésicos podem ajudar a aliviar dores de cabeça leves e dores musculares, mas é importante ressaltar que nenhum tipo de medicamento deve ser usado sem orientação médica.
Em casos mais graves, os pacientes necessitam de hospitalização para tratamento de suporte, com reposição intravenosa de fluidos, suporte respiratório e prevenção de infecções secundárias, além de tratamento específicos para aqueles que apresentam encefalites ou menigoencefelite em sua forma severa.
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