Desaparecimento prematuro de neurônios leva a maior risco de Alzheimer
Resumo da notícia
- Um novo estudo confirma que os neurônios de um mesmo indivíduo não possuem a mesma identidade genética
- No passado, o que aprendíamos nas aulas de ciência é que todas as células tinham exatamente o mesmo material genético e eram idênticas
- A descoberta pode ajudar no tratamento de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer
Pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade da Virgínia (EUA) identificaram uma possível explicação para a morte de células cerebrais específicas para o Alzheimer, Parkinson e outras doenças neurodegenerativas.
Por que prestar atenção nele
A nova pesquisa mostra que os neurônios de um mesmo indivíduo não possuem a mesma identidade genética e indica que células específicas são mais vulneráveis.
" O desaparecimento de células com genomas mais complexos ou DNA variados pode estar relacionado com as doenças neurodegenerativas. Além disso, pode estar ligado ao declínio cognitivo associado à idade", explica Stevens Rehen, cientista da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e Instituto D'Or de Pesquisa e Ensino.
Esse trabalho científico pode contribuir também na investigação de doenças como esquizofrenia, depressão, transtorno bipolar, autismo e outras condições.
Como o estudo foi feito
- O cérebro é um mosaico de células com genomas diferentes (informações hereditárias que estão no DNA), e isso poderia explicar por que os neurônios de uma área específica do cérebro, como o lobo temporal, são os primeiros a morrer na doença de Alzheimer.
- Ao analisar a quantidade de neurônios com genomas de pessoas de diferentes idades, a equipe de cientistas verificou que essas células diminuíam com o passar do tempo: pessoas mais novas tinham mais células do que as pessoas mais idosas.
Entenda mais sobre Alzheimer*
Quando o paciente tem Alzheimer os sintomas que mais chamam atenção são o problema de memória e a dificuldade de adquirir novos conhecimentos. Também é comum que o paciente apresente dificuldade com linguagem (ele sabe para que um objeto serve, mas não consegue nomeá-lo), ou sofra de desorientação de tempo e espaço (se perdendo em ambientes conhecidos e ficando sem noção do horário que faz atividades).
A evolução tende a trazer ainda a perda da independência, insônia, agitação, resistência à execução de tarefas simples como escovar os dentes, perda da capacidade de controlar estímulos corporais, dificuldade para comer e deficiência motora progressiva. No estágio terminal, há e perda praticamente completa da memória, além de dependência total de terceiros para qualquer atividade.
* Informações de reportagem publicada no dia 04/02/2019
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