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Equilíbrio

Cuidar da mente para uma vida mais harmônica


Três caminhos para aumentar a autoestima em 2019

Autoestima: como aumentar a sua? - iStock
Autoestima: como aumentar a sua? Imagem: iStock

Sílvio Crespo

Colaboração para o UOL VivaBem

18/02/2019 04h00

Resumo da notícia

  • Pessoa com baixa autoestima acredita que tem pouco valor. Mas dá pra mudar
  • Psicologia: aprenda a lidar com frustrações
  • Meditação: reconecte-se com você mesmo
  • Atividade física: faz bem para o corpo e para a mente

Você já parou para pensar que a autoestima é uma coisa que pode ser trabalhada, desenvolvida e fortalecida? 

A autoestima pode ser definida como a avaliação que as pessoas fazem de si mesmas. Uma pessoa com baixa autoestima acredita que tem pouco ou nenhum valor. 

Com isso, quem tem uma baixa autoestima pode ter dificuldade de se expor para as pessoas, de convidar para sair, de conversar com colegas e de abordar as pessoas do seu interesse. 

Porém, isso tudo pode ser trabalhado. O UOL VivaBem ouviu especialistas de três áreas diferentes que ajudam pessoas a melhorarem a autoestima. Veja o que eles recomendam.

Psicologia

Terapia - Istock  - Istock
Uma pessoa com baixa autoestima possivelmente está com dificuldade de assimilar questões de frustração pessoal
Imagem: Istock
Uma das formas de trabalhar a autoestima é procurar entender as razões que levaram a pessoa a perder ou não desenvolver o apreço por si própria, segundo o professor de psicologia social Hélio Deliberador, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). 

Muitas vezes elas se colocam metas que não são factíveis e isso gera frustração. Um processo terapêutico pode ajudar as pessoas a entenderem esse mecanismo de autossabotagem, de estabelecer metas impossíveis  Professor de psicologia social Hélio Deliberador

Além de aprender a estabelecer metas factíveis, é preciso também aprender a lidar com as frustrações, que vão ocorrer de qualquer maneira, de acordo com o professor. É inevitável você ter frustrações e não poder realizar certos desejos. Então a pessoa precisa ter a capacidade de se frustrar e entender que o jogo continua. 

Ainda, para ter uma boa autoestima, a pessoa precisa ter capacidade de se conhecer para entender o que traz satisfação e uma vida mais significativa para ela. Por fim, outro ponto que ajuda é saber ter uma relação com o outro mais satisfatória e saber se conduzir diante de uma solidão.

Meditação

Meditar na cama/ Meditação - iStock - iStock
Na meditação, a gente se conecta com as nossas sensações e sentimentos
Imagem: iStock
A prática de meditação também pode ajudar uma pessoa a melhorar sua autoestima, de acordo com o Rui Afonso, doutor em neurociências pela Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein. 

Afonso, que é também professor de ioga, afirma que, quando a pessoa faz meditação, ela se interioriza, volta a sua atenção para si mesma, e assim "limpa as neuroses". 

Neurose é uma leitura errada que a gente faz da realidade. É a desvalorização de si porque você tem um chefe ou uma sociedade que cobra algo muito mais do que você pode dar. Essas leituras erradas da sociedade fazem com que as pessoas tenham um julgamento muito alto e muito crítico sobre si Rui Afonso, doutor em neurociências pela Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein

Mas como a meditação limpa essa neurose?

Por causa desses exercícios, a gente vai diminuindo o excesso de pensamentos e de diálogos internos da mente, Esses diálogos são muitas vezes pensamentos disfuncionais. Você está analisando, julgando e criando expectativas que não condizem com a realidade.

No momento em que você se concentra, faz as posturas e o processo meditativo, você está silenciando a mente. Esse processo diminui a crítica, o julgamento e a expectativa. Ela faz com que a gente reconheça o nosso valor.

Estudos já mostram que a meditação realmente provoca alterações no cérebro. O UOL VivaBem tem um aplicativo de meditação que você pode baixar na Play Store do Google ou na App Store da Apple.

Atividade física

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Independentemente de o indivíduo ter objetivo de saúde ou de estética, o que mais importa é a satisfação consigo mesmo
Imagem: iStock
Praticar atividade física também pode ajudar a melhorar a autoestima, de acordo com a professora de educação física Katia Rubio, da Universidade de São Paulo. 

A atividade física pode promover bem bem-estar e mudanças corporais que estão relacionadas tanto com a saúde quanto com a estética Professora de educação física Katia  Rubio

A ajuda na autoestima, portanto, vem tanto no aspecto da melhora do bem-estar como dos ganhos estéticos, que podem ajudar a pessoa a reconhecer o seu próprio valor. 

Para isso ocorrer, é preciso que a pessoa saiba qual atividade física dialoga melhor com o seu perfil. Há pessoas que preferem atividades em grupo. Outras preferem as individuais. Mesmo a corrida, que é individual, há pessoas que preferem praticar em grupo.

Rubio recomenda que se procure orientação de um educador físico. "O profissional de educação física deve entender o perfil da pessoa e assim oferecer o programa mais adequado para atender as necessidades não somente físicas, mas também emocionais".

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