Quatro sinais de que está na hora de trocar seu tênis de corrida
Resumo da notícia
- Os tênis garantem conforto na corrida e quando estão desgastados demais podem prejudicar a performance
- Geralmente, a recomendação do fabricante é trocar o calçado após 400 km a 700 km
- Porém, alguns produtos podem ser usados por muito mais tempo, desde que não apresente sinais de grande desgaste
O tênis é o acessório queridinho de quem pratica corrida de rua --e muito importante para garantir conforto nos treinos e provas. A paixão dos atletas pelo calçado é tão grande que alguns fazem de tudo para prolongar a hora de aposentar o companheiro de atividade física. Mas como saber que seu tênis chegou ao limite e está na hora de trocá-lo?
Muitos fabricantes dizem que os calçados começam a perder a capacidade de amortecimento após 400 km a 700 km rodados. "Porém, dependendo das características da pessoa (peso corporal, técnica de corrida etc.), do tipo de piso em que ele treina (asfalto, grama, terra) e cuidados com o produto (ao lavar, por exemplo), o tênis pode durar mais ou menos do que essa quilometragem", afirma Nélio Afonso Moura, professor de educação física da FMU, treinador do Esporte Clube Pinheiros.
Por isso, mais importante do que se basear na distância percorrida, é ficar de olho em alguns sinais que podem indicar que seus tênis estão desgastados demais e chegou a hora de trocá-los.
1. Sola lisa
O solado dos calçados de corrida possui ranhuras que têm como objetivo proporcionar boa aderência. Quando a sola fica muito desgastada --ou seja, lisa --, acaba por apresentar uma capacidade de tração menor, tornando a corrida menos eficiente.
"O solado sem as ranhuras é um dos principais fatores a serem observados, já que na corrida precisamos de tração para movimentar o corpo à frente. Além disso, o tênis gasto dessa forma pode ser um grande risco para o atleta, levando-o a escorregar ou derrapar, o que pode forçar a musculatura mais do que o necessário e causar acidentes", afirma Fabio Akiyama, fisioterapeuta e especialista em prevenção e tratamento de lesões de membros inferiores e análise biomecânica de corrida pela The Running Clinic, no Canadá.
2. Entressola gasta
A entressola é aquela "borracha" (geralmente) branca que fica entre a sola e o cabedal (parte de cima) do tênis. É nela onde estão as principais tecnologias responsáveis por garantir amortecimento e estabilidade. Quando está muito desgastada, a entressola pode apresentar rachaduras ou partes quebradiças, além de ficar mais dura e/ou comprimida (sua altura diminui) do que quando nova. Tudo isso é um indicador de que seu calçado já não absorve tanto impacto quanto nos velhos tempos.
3. Pouca resistência à torção
Os calçados de corrida que possuem caraterísticas de estabilidade e antitorção tendem perder essas funções ao longo do tempo. Por isso, o teste de torção pode indicar se o acessório está muito desgastado.
"Ao torcer o tênis, você deve sentir uma certa resistência. Se o tênis não apresentar isso, precisa ser trocado", explica Bernard Kyt, médico do esporte e especialista em fisiologia e biomecânica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo). Vale lembrar que modelos de competição, que tendem a ser mais leves, geralmente não possuem sistemas que garantem grande estabilidade e proteção antitorção. Logo, o teste não se aplica.
4. Calcanhar desgastado
Quando isso acontece, o calçado tende a ficar desestruturado. E isso tende a reduzir seu conforto, já que aumenta a pressão na parte posterior do tênis. Segundo Tatiana Cararelli Kanayama, fisioterapeuta do Comitê Paralímpico Brasileiro, caso o tênis não seja trocado, pode levar a problemas como fascite plantar e tendinite de tendão calcâneo --mais conhecido como tendão de Aquiles.
Obviamente, além desses há outros sinais de desgastes claros que indicam que chegou a hora de trocar o tênis: como furos na sola ou no cabedal e partes descolando ou descosturando.
Fontes: Paulo Roberto Correia, fisiologista do exercício e genética do esporte da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo); Ricardo Munir Nahas, ortopedista, traumatologista, médico do esporte e coordenador do Centro de Medicina do Exercício e do Esporte do Hospital Nove de Julho, em São Paulo; Alex Souto Maior, especialista em fisiologia do esporte pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e professor de ciências da reabilitação do Centro Universitário Augusto Motta (UNISUAM), no Rio de Janeiro; Nélio Afonso Moura, professor de educação física da FMU, treinador do Esporte Clube Pinheiros e coordenador de atletismo do Centro de Excelência Esportiva da Secretaria de Esportes, Lazer e Juventude do Estado de São Paulo.
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