Bruno Gagliasso é internado com cálculo renal; entenda doença e tratamento
Resumo da notícia
- Ator foi internado no hospital Vitória, no Rio de Janeiro, para tratar pedras nos rins
- As pedras impedem o trânsito do xixi pelo trato urinário e causam muita dor
- O tratamento é expelir, seja por ingestão de líquidos ou cirurgia, dependendo do tamanho e localização da pedra
O ator Bruno Gagliasso teve uma crise renal nesta terça-feira (26) e foi internado no Hospital Vitória, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Ele passou por uma cirurgia para retirar pedras nos rins e está estável, mas deve ficar afastado das próximas gravações da novela "O Sétimo Guardião", em que interpreta o protagonista.
Ter pedra nos rins não é algo simples, o quadro é lembrado por dores terríveis na lombar e abdômen que, dependendo da intensidade, chegam a ser comparadas à dor do parto sem anestesia. Além disso, é possível ter vômitos, desmaios e cólicas extremamente fortes.
Esse problema todo aparece por causa da obstrução da via urinária provocada pela pedra, que bloqueia a passagem da urina e causa dilatação do rim. A doença tem maior incidência entre homens, especialmente aqueles que bebem pouca água e abusam do sal.
De onde vem a pedra no rim?
Cerca de 10% da população pode ser afetada pela formação de cálculo renal, de acordo com o professor Osvaldo Merege Neto, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP (Universidade de São Paulo). O cálculo geralmente é formado por cristais de oxalato de cálcio eliminados pela urina que, ao se agruparem com o tempo, formam as pedras.
E aí, quanto mais líquidos o paciente ingerir, maior a chance de eliminar os cristais. Mas se a pessoa faz pouco xixi e toma pouca água, os cristais tendem a se agrupar com maior facilidade e formar compostos sólidos de diferentes tamanhos nas vias urinárias.
Embora a enfermidade seja popularmente conhecida como pedra no rim, os cristais podem se instalar em outras partes do trato urinário, como bexiga, uretra e ureteres.
Qual o tratamento?
Tem que fazer a pedra sair. Dependendo do tamanho, elas podem ser removidas pela urina ou por cirurgia.
Cálculos de até cinco milímetros de diâmetro têm 85% de chance de serem eliminados espontaneamente na urina, e os de até oito milímetros, 50%. O importante é beber bastante água para ajudar a mover a pedra. E tomar medicação para dor, se necessário.
Quando as pedras são maiores ou quando o quadro se agrava para uma infecção urinária, pode ser necessária a cirurgia endoscópica, para 'quebrar as pedras'.
O importante é ter acompanhamento médico para preservar a saúde do rim. "Uma pedra obstruindo o órgão pode levar a insuficiência renal se você não agir por dois ou três meses. A pedra pode parar de doer, mas continua lá, é perigoso. Fora que se tiver infecção renal com o rim obstruído, pode chegar a matar o paciente", disse Luiz Guidoni, urologista da Clínica Guidoni.
O Centro de Referência em Saúde do Homem alerta que em 20% dos casos de pedra no rim há risco de o paciente desenvolver insuficiência renal crônica.
Há como evitar tamanha dor?
As causas para pedra nos rins podem ser genéticas, respostas de outras doenças (como tumores ou cistos), ou ainda uma resposta corporal (existem pessoas que tendem a absorver mais oxalato e cálcio do que a média e, consequentemente, seu organismo forma mais cristais). Porém, para quem não está dentro desses grupos o UOL VivaBem dá dicas que ajudam a prevenir o incomodo:
A orientação geral é tomar bastante líquido: existe até uma fórmula para saber a quantidade ideal para você. Basta multiplicar 30 ml pelo total de seu peso. Por exemplo, se você pesa 70 kg, deve tomar 2,1 litros (30 ml x 70 kg =2,0 litros);
- Mas evite bebidas que ajudam a formar pedras como refrigerantes, isotônicos e chá-preto;
- Observe a cor do seu xixi: Se ele estiver claro na maior parte do tempo, está tudo certo. Mas se for amarelo escuro ou laranja, é sinal de que você está bebendo pouca água;
- Evite nutrientes podem promover a formação de pedras como o cálcio em excesso ou a sua falta, ácido úrico, oxalato, excesso de proteínas e sódio.
- Consuma menos proteína e menos sódio: para isso, retire o sal da mesa, controle o consumo de carnes e evite ao máximo os embutidos (linguiças, salsichas etc.), enlatados e alimentos industrializados;
- Aumente a ingestão de fibras: frutas, hortaliças, legumes, leguminosas e cereais integrais são boas fontes da substância.
*As fontes foram consultadas na matéria sobre operação de cálculo renal publicada no dia 19 de novembro de 2018.
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