Problema na voz causado por esclerose múltipla da atriz Selma Blair é raro
Resumo da notícia
- Atriz foi diagnosticada com esclerose múltipla em agosto do ano passado
- Doença geralmente prejudica equilíbrio e coordenação motora
- Condição afetou fala da atriz, mas condição é considerada rara
Quase sete meses depois de ser diagnosticada com esclerose múltipla, a atriz Selma Blair revelou em entrevista ao programa americano "Good Morning America" que estava vivendo um surto da doença sem saber.
"Tudo parecia normal. Estava me automedicando quando o problema não estava comigo. Estava bebendo. Estava com dor. Não estava sempre bebendo, mas houve momentos em que eu não aguentei."
Durante muitos anos, a atriz sofreu com dores pelo corpo e por muitas vezes os médicos afirmaram que era devido ao estresse e cansaço. "Eles diziam que, por eu ser mãe solteira, poderia estar exausta, preocupada problemas financeiros etc."
No meio da entrevista é possível perceber que Blair fala com dificuldade. Segundo a atriz, no passado, ela descobriu estar sofrendo de disfonia espasmódica, uma desordem neurológica que afeta as cordas vocais e é provoca pela esclerose múltipla. Embora seja um dos sintomas causados pela doença, a condição é rara.
"Geralmente, isso ocorre por uma alteração no cerebelo, mas ainda assim esse não é um dos principais sintomas da condição", diz Jefferson Becker, neurologista do Hospital São Lucas da PUCRS.
O que é a esclerose múltipla?
É uma doença autoimune, no qual a pessoa produz um quadro inflamatório que ataca o sistema nervoso central, envolvendo o cérebro, tronco cerebral, cerebelo ou medula.
Quais são os sintomas?
Podem ser inúmeros e se manifestar de maneira diferente em cada indivíduo. Para alguns, a esclerose múltipla pode afetar primeiro a visão. "Um dos olhos começa a falhar ou ficar com 'borrões', seguido de dor", explica Becker.
A doença prejudica principalmente a parte motora do paciente, prejudicando o caminhar, andar e equilíbrio. Além disso, pode causar formigamento em partes do corpo.
Como é tratamento?
O problema não tem cura, mas pode ser controlada e permitir que o paciente viva bem com ela. O tratamento costuma usar medicamentos imunomoduladores, que agem sobre o sistema imunológico e "freiam" a doença.
Se o paciente tem algum tipo de sequela --devido à demora no diagnóstico ou agressividade da doença, por exemplo --, são usados remédios específicos para combater os sintomas. Ainda é importante a pessoa adotar um estilo de vida mais saudável: não beber, praticar exercícios físicos regularmente e se alimentar bem.
A esclerose múltipla atinge mais as pessoas idosas?
Não, a maior parte dos doentes são jovens entre 20 e 35 anos. A incidência também é maior em mulheres, com o dobro de casos do que homens.
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