Pneumonia nos dois pulmões é comum? "Quase morri", diz Whoopi Goldberg
Resumo da notícia
- A atriz norte-americana teve um quadro severo de pneumonia nos dois pulmões, que gerou uma infecção generalizada
- Problema não é comum e geralmente afeta pessoas com imunidade baixa, seja por conta de outras doenças, seja por medicamentos ou idade
- Tratamento é feito com antibióticos e, dependendo do quadro, uso de corticoides
Afastada de seu talk-show The View por problemas de saúde, a atriz norte-americana Whoopi Goldberg falou, na última sexta-feira (8), sobre o quadro severo de pneumonia pelo qual passou, em um vídeo publicado no canal do programa.
Na gravação, Whoopi afirma que teve "pneumonia nos dois pulmões, que estavam com muito fluído e sepse", uma infecção generalizada que pode causar falência de órgãos e deixar a pressão arterial perigosamente baixa.
De acordo com Carlos Carvalho, pneumologista do HCor, o quadro da atriz não é dos mais comuns. "Geralmente, a pneumonia é localizada e acomete apenas um dos pulmões, mas é possível que, após acometer um órgão, os agentes infecciosos causem uma grande inflamação, para a qual o pulmão gera mediadores para combater. Isso altera os vasos sanguíneos que estão no pulmão, e bactérias podem se espalhar pela corrente sanguínea, provocando a sepse."
Em geral, a doença é mais comum em pessoas com imunidade baixa, seja por conta de outras doenças, seja por medicamentos ou idade. "Na idade da atriz, 63 anos, ainda espera-se um sistema imune preservado, já que esse geralmente mostra deficiências após os 70 anos. Mas tudo depende do estilo de vida e condições de saúde de cada pessoa", aponta Carvalho.
Tratamento
De acordo com o médico, existem duas formas, que devem ser feitas em conjunto, para tratar casos como o de Whoopi. Primeiro, é necessário agir na chamada causa de base. "Para isso, o médico tenta, por meio de exames, reconhecer qual a bactéria ou o vírus causador da doença", indica.
Se não encontrar, o tratamento é feito com associação de antibióticos --geralmente, usa-se dois medicamentos para atingir as bactérias mais comuns, conforme a região e idade do paciente.
"Dados epidemiológicos ajudam na escolha do médico. Para diminuir a mortalidade, é importante não errar nesse tratamento. Cada dia com a droga errada aumenta o risco do paciente", declara o especialista.
A segunda parte do tratamento é curar a inflamação. "Dependendo do quadro, indicamos corticoides que diminuem a inflamação, mas é necessário avaliar bem, porque pode mexer com a imunidade. Também são recomendadas drogas que aumentam a pressão arterial para dar tempo do antibiótico agir, e estratégia protetora de ventilação mecânica. Quando a sepse é muito grande, é necessário ventilar com muito cuidado para preservar os pulmões", afirma Carvalho.
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